Maior oferta de métodos contraceptivos

Outro fator que incentivou a redução das famílias foi a maior oferta dos métodos contraceptivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro fator que incentivou a redução das famílias foi a maior oferta dos métodos contraceptivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o que afirma a enfermeira e coordenadora de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Fátima Morais.

Segundo ela, atualmente, a rede pública de saúde oferece uma série de meios para orientar a mulher e ajudá-la a planejar a quantidade de filhos que deseja ter. “Faz 12 anos que atuo nessa de saúde da mulher e posso garantir que a assistência de hoje é imensamente melhor do que antigamente. Antes, o SUS só disponibilizava anticoncepcionais orais (pílulas) e preservativos.

Até os anticoncepcionais injetáveis eram em quantidade muito baixa e só municípios com mais 100 mil habitantes os recebiam”, lembra.

De acordo com a coordenadora, desde o ano passado, quando o governo federal implantou a Rede Cegonha, as ações voltadas para o planejamento familiar foram intensificadas. “As mulheres hoje tem acesso maior a preservativos, pilula anticoncepcional normal e de emergência, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, Diu (Dispositivo Intrauterino), diafragma e os métodos definitivos que são a laqueadura (para as mulheres) e vasectomia (para os homens”, acrescenta.

Além disso, as famílias ainda recebem acompanhamento das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). “O nosso grande desafio é fazer com que o homem também assuma seu papel no planejamento familiar, não deixando isso apenas a cargo da mulher. Por isso, realizamos palestras em escolas e veiculamos informações na mídia, divulgando principalmente os serviços de vasectomia, que hoje são ofertados no ambulatório do Hospital Edson Ramalho”, destaca.

Para ter acesso a esses serviços, o interessado só precisa procurar uma unidade do PSF. No local, ele receberá orientação e os devidos encaminhamentos.

Usuária
A dona de casa Roseane de Oliveira, 25 anos, é uma das usuárias desses serviços. Após dar à luz ao quinto filho, ela decidiu usar os métodos contraceptivos disponíveis na rede pública para evitar a gravidez. “Eu não tenho coragem de fazer a laqueadura, porque tenho medo da cirurgia. Por isso, vou procurar o PSF, porque sei que ele tem tudo isso aí que as pessoas falam. Mas eu só gosto de usar pílulas mesmo. Mas, agora, decidi usar o injetável, porque acho mais seguro”, conta.

“Do jeito que a vida está hoje, não dá para a gente ter muito filho não. Eu tenho cinco e ‘tá’ bom demais”, completa Roseane de Oliveira.