Comissão da Assembleia vistoria as unidades estaduais de saúde

Comissão é presidida pelo deputado Aníbal Marcolino; inspeção foi realizada na Maternidade Doutor Peregrino Filho, em Patos.

As unidades estaduais de Saúde na Paraíba começaram a ser vistoriadas pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Aníbal Marcolino (PEN). Ontem, a inspeção foi realizada na Maternidade Doutor Peregrino Filho, em Patos, onde funcionários denunciaram um atraso de dois meses no pagamento dos salários. A comissão tentou inspecionar o Hospital Regional Jandhuy Carneiro, mas foi impedida de entrar no hospital. Segundo o deputado, um relatório será encaminhado ao Ministério Público (MP), Conselho Regional de Medicina (CRM) e Secretaria Estadual de Saúde.

No relatório, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e a Comissão de Saúde do município de Patos descrevem as irregularidades e pedem uma mudança estrutural no Hospital Regional. Conforme o presidente Aníbal Marcolino, uma das preocupações dos encarregados pelas vistorias é a insuficiência de verba destinada ao HR Janduhy Carneiro da cidade, que segundo ele, é de R$ 700 mil ao mês.

“Essa verba não satisfaz as condições do hospital, que atende centenas de pessoas. Por causa da estrutura precária, 89 pessoas morreram no mês de fevereiro deste ano no local”, informou. Ele contou que as comissões foram impedidas de realizar a vistoria no HR ontem pela manhã, mas várias denúncias dão conta da situação calamitosa do local.

“Fomos informados que na área vermelha do hospital, que atualmente está com oito pacientes, só possui um único respirador, outros pacientes estão sem o exame de tomografia, além da falta de plantonista. Nós gostaríamos de saber o que está acontecendo, porque deixaram a situação chegar a esse ponto. Na maternidade a verba foi dobrada depois que a administração passou a ser terceirizada, será que isso vai acontecer no HR também? Se for para aumentar o investimento no hospital, porque não agora?”, indagou.

Ele explicou que depois da terceirização dos serviços, a maternidade melhorou o atendimento, mas seis funcionários da segurança denunciaram o atraso no pagamento dos salários. De acordo com ele, apesar da necessidade da vistoria no Hospital Regional de Patos, não houve permissão por parte da diretoria. Contudo, as informações colhidas pelas comissões serão descritas em relatório, que será entregue aos órgãos públicos em breve.

O deputado informou que as inspeções continuarão em todos os hospitais e maternidades estaduais da Paraíba, prosseguindo pelos municípios de Itaporanga, Itabaiana, Queimadas, Pombal e João Pessoa.

SEM RESPOSTA
A equipe do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com a empresa Fibra, responsável pela administração da Maternidade Doutor Peregrino Filho, além da direção do Hospital Regional de Patos, mas não conseguiu resposta. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde e com a Secretaria de Estado da Comunicação Institucional, mas até o fechamento desta edição não obteve êxito.