Justiça mantém prisões da operação Remição

Com a manutenção da prisão temporária, as diretoras do presídio e o advogado continuarão presos na sede do 2º BPM em CG.

A juíza da 2ª Vara Criminal de Campina Grande, Rosimeire Ventura Leite, negou ontem o pedido de revogação da prisão temporária das duas diretoras da Penitenciária Regional Feminina de Campina Grande e do advogado Ramom Dantas Cavalcante, presos ontem durante a operação ‘Remição’, que desarticulou um esquema que fraudava processos de redução de pena e progressão de regime de algumas apenadas da unidade.

Ainda na última quinta-feira, quando a operação foi deflagrada, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap), determinou o afastamento cautelar das duas diretoras.

De acordo com o secretário Walber Virgolino, o presídio será temporariamente dirigido pelo diretor-adjunto da unidade e por uma agente do Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (GPOE).

“Elas ficarão afastadas até o final das investigações. Só depois que elas forem encerradas, é que nós vamos definir a punição que será aplicada ou decidir pela exoneração das mesmas”, informou Walber.

O secretário também determinou à Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar uma investigação minuciosa das denúncias de corrupção dentro do presídio feminino. “É uma coisa muito séria. Inclusive colaboramos com o início das investigações e vamos continuar trabalhando para coibir esses casos dentro do sistema penitenciário”, acrescentou.

Com a manutenção da prisão temporária, Alinne Cristine Cardoso, então diretora do presídio, Silnara Araújo Galdino, diretora-adjunta, e Ramom Dantas, permanecerão presos na sede do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Campina Grande. As outras seis pessoas presas durante a operação já foram transferidas para o presídio do Serrotão.

Além disso, o delegado Iasley Almeida, adiantou que a Polícia Civil vai pedir a renovação da prisão temporária dos envolvidos no esquema. Segundo ele, é fundamental para as investigações que essas pessoas continuem presas, pois diligências ainda estão sendo feitas e novas oitivas podem ser necessárias para a conclusão do inquérito.