Enquanto muitas pessoas ainda estavam aproveitando o último dia do feriadão da Semana Santa, outras estavam empenhadas em suas atividades. Em virtude do aniversário de morte de Tiradentes, lembrado ontem, alguns serviços foram suspensos, mas profissionais de setores considerados essenciais para a população, ou mesmo opcionais, não tiveram folga. Em João Pessoa, técnicos de enfermagem, comerciantes e autônomos, entre outras categorias, trabalharam normalmente.
Para a técnica de enfermagem Maristela Soares, que há mais de sete anos exerce a profissão, quem escolhe se capacitar para trabalhar na área de saúde já sabe que não terá folga em algumas datas comemorativas. “Quando optamos por fazer os cursos nessas áreas já sabemos que precisamos trabalhar nos feriados. Para mim, é um dia como outro qualquer, é um prazer porque faço com amor”, declarou Maristela, que estava de plantão no Hospital Infantil Rodrigues de Aguiar, no bairro de Tambiá.
Para a gestora de loja Irani Pereira, o trabalho em um dia de feriado também é sinônimo de obrigação, pois por opção, estaria se confraternizando com familiares, amigos ou recebendo visitas em casa. “A vontade era de estar de folga, mas a obrigação vem em primeiro lugar. Mesmo sabendo que a cada ano o movimento no comércio cai, a nossa expectativa é de boas vendas e isso nos estimula a trabalhar”, afirmou.
Mas ainda há aqueles que trabalharam por opção, como foi o caso do ambulante Manoel Antônio. Ele considerou que o feriado foi muito longo, o que gera um certo prejuízo nos lucros. “Muitos dizem que sou meu próprio patrão e que por isso não teria a obrigação de trabalhar em um feriado. Mas três dias de descanso já foi demais, quis vir trabalhar hoje porque preciso das vendas para o meu sustento e da minha família.
