Operação da PF prende dez pessoas em Campina Grande

Presos são acusados de integrarem um organização criminosa do tráfico que abastece o Nordeste.

A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas desta quinta feira (16), a Operação Borborema II, com o objetivo de cumprir 31 mandados de prisão e nove de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Entorpecentes de Campina Grande. A ação aconteceu em quatro estados brasileiros e em Campina Grande foram cumpridos oito mandados e mais duas pessoas foram presas, em flagrante, com uma pequena quantidade de droga. 

De acordo com o delegado da Polícia Federal de Campina Grande, Bruno Rodrigues, esta ação aconteceu depois que a polícia descobriu que, mesmo após a primeira operação realizada no ano de 2012, os chefes continuavam a orientar o tráfico de dentro dos presídios, formando uma nova ramificação. Os nomes dos acusados presos e os bairros não foram divulgados.

“A droga tem entrado pelo estado do Mato Grosso, na divisa do Brasil com o Paraguai e chegam em Campina Grande em fundos falsos de carros, caminhões ou dentro de eletrodomésticos. Daqui, a droga é distribuída para abastecer bocas de fumo da região. Também foram identificadas algumas ramificações em Goiás e no Distrito Federal”, explicou o delegado. 

Os presos estão sendo encaminhados para Penitenciária Padrão em Campina Grande e responderão criminalmente por tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, comércio ilegal de armas e organização criminosa armada. Deste 2012 a Polícia Federal já apreendeu mais de três toneladas de maconha e 100 quilos de crack e cocaína. 

A operação tem por finalidade desarticular a organização criminosa voltada para o tráfico interestadual de drogas e armas, responsável pelo envio de grandes remessas de crack, maconha e cocaína para todo o Nordeste. Segundo o delegado, Campina Grande é considerada a sede distribuidora. 

Segundo o Superintendente Regional da PF no Estado, Nivaldo Farias, esta ação envolveu 120 policias federais nos estados da Paraíba, Mato Grosso do Sul , Goiás e Distrito Federal. As investigações estavam acontecendo a cerca de um ano e a Polícia Federal e  o delegado afirma que as provam deixam claro a atuação organizada criminosa do tráfico na cidade de Campina Grande. O nome da operação, “Bomborema II”,  faz alusão à região, utilizada como base  operacional pelos integrantes da organização.