Justiça condena quatro acusados da operação ‘Laços de Sangue’

Réus pegaram penas que variam de um ano e meio a 24 anos de prisão, pelos crimes de homicídio e formação de quadrilha. Um dos acusados foi absolvido pela Justiça.

O 2º Tribunal do Júri de Campina Grande condenou no final da tarde desta sexta-feira (24) quatro dos cinco réus presos na operação Laços de Sangue, que estavam sendo julgados desde a manhã da última quinta-feira (23). Os réus respondiam pela acusação da morte do mototaxista Raimundo Erivan Batista, que foi executado a tiros no dia 6 de julho de 2001, na estrada que liga as cidades de Brejo dos Santos e Catolé do Rocha, Sertão paraibano.

Foram condenados pelos crimes de homicídio e formação de quadrilha os réus Evandro Pimenta de Oliveira, pena de 22 anos; Marcelo Oliveira da Silva, 19 anos e três meses de prisão; e José Damião de Oliveira, 24 anos de prisão. Já Isac Cosme da Silva foi condenado a 1 ano e 6 meses de prisão por formação de quadrilha. O quinto réu, João Gomes da Silva, foi absolvido das acusações.

Ao todo, o processo conta com oito réus, mas foi desmembrado e apenas cinco dos acusados foram julgados neste júri popular. Os quatro condenados estavam presos desde novembro de 2011, quando a operação foi deflagrada. João Gomes está foragido, mas foi representado pelo seu advogado no julgamento.

Os acusados Grimailson Alves de Mesquita, Geneton de Mesquita e Magnólia Alves de Mesquita, deverão ser julgados no mês de dezembro, quando um novo júri deverá ser marcado, neste mesmo tribunal. O julgamento foi presidido pelo juiz Falkandre Queiroz e pela primeira vez, neste tribunal, um júri aconteceu com a atuação de dois promotores: Oswaldo Lopes e Marcos Leite.

O processo foi desaforado de Catolé do Rocha para Campina Grande, no início deste ano, devido a grande rivalidade entre as famílias e a tentativa de homicídios contra magistrados envolvidos na realização da operação “Laços de Sangue”.