Católicos homenageiam Nossa Senhora da Conceição com procissão em JP

Caminhada reuniu centenas de pessoas na manhã desta segunda-feira (8).

“Eu passei dois meses sem andar em decorrência de uma infecção por úlcera varicosa. Mas fui curada por um milagre de Nossa Senhora da Conceição. Participo da procissão todos os anos, com filhos e netos. Só hoje estou com quatro netos vestidos de anjinhos a frente do cortejo”, esse foi o relato de Maria Albianiz Costa, fiel assídua há 10 anos da procissão terrestre e marítima de Nossa Senhora da Conceição, que acontece anualmente em caminhada pela Comunidade Porto do Capim e em barco pelo Rio Sanhauá com destino a Ilha da Santa. A celebração reuniu centenas de pessoas na manhã desta segunda-feira (8).

Além dos fieis veteranos, a procissão atraiu as pessoas que pela primeira vez vêm exercitar a fé e em busca de milagres, como Maria das Dores, de 60 anos. “Recebi um chamado para estar aqui hoje. Nossa Senhora me tocou e eu vim. Já alcancei muitos milagres, o mais importante foi minha recuperação após uma angioplastia. Eu fui curada do coração. Estou aqui pela primeira vez para agradecer juntamente com uma amiga”, destacou emocionada.

Presente há mais de 20 anos no cotidiano dos católicos, a procissão de Nossa Senhora da Conceição do Porto Capim, segundo o padre Antônio Maria, começou a partir de uma procissão e milagre concedido a uma moradora da região. Deste então. Todos os anos o momento está se repetindo e atraindo centenas de pessoas que vêm para participar da celebração. “ As pessoas se identificam muito com Nossa Senhora da Conceição. Maria, uma mulher que realmente aceitou a obra de Deus nela, uma mulher fiel que apesar do sofrimento e a morte do seu filho continuou firme na fé. O povo se identifica muito com essa mulher guerreira que é Maria”, explicou.

Na ocasião o padre ainda falou a respeito da luta que os moradores enfrentam para permanecerem no local, tendo em vista ser uma área de risco e insalubre. “O povo dessa região é um povo que luta muito para ficar aqui, porque é um povo ameaçado a ser retirado pelas autoridades pois é uma área de risco. Tem que descobrir uma maneira de respeita a população que aqui vive. Aqui habita muitos pescadores, trabalhadores que dependem do rio para viver. Se há projeto turístico para cá, que seja feito mas respeitando os moradores locais”, concluiu.