O 2º Tribunal do Júri de Campina Grande realizou nesta segunda-feira (16) a primeira audiência de instrução e julgamento do caso do duplo homicídio ocorrido na saída de uma festa de casamento, que vitimou o casal Lúcia Sant’Anna Pereira e Washington Luís Alves de Menezes. Quase um ano depois do crime, que aconteceu em março do ano passado, as duas filhas de Lúcia foram as primeiras testemunhas da acusação a serem ouvidas. Por conta da quantidade de pessoas que devem prestar depoimento nessa fase do processo, será necessária uma nova audiência, marcada para o dia 30 de março.
As filhas da contadora – uma delas prestou depoimento por cerca de duas horas – não quiseram falar sobre o assunto, mas, conforme o advogado Gilberto Marques, que representa a família, ambas confirmaram os conflitos na relação entre o casal e Nelsivan, que eram proprietários de uma faculdade particular. “Elas mantiveram tudo que já disseram antes, apesar das insistências da defesa de tentar provar o contrário”, afirmou o advogado, enfatizando que, desde o dia seguinte ao crime, a família acreditava que Nelsivan estava envolvido no homicídio.
Já o promotor Osvaldo Lopes falou sobre a complexidade do caso e disse que esse primeiro momento do processo deve durar mais tempo que o previsto. "Além das oitivas, temos que interrogar os seis réus, então acredito que o processo vai se estender. Não estamos com pressa, pois nosso objetivo é fazer tudo da melhor maneira para que o grau de culpabilidade de todos os acusados seja provado de forma correta", disse.