Pacientes que realizam tratamento contra linfoma no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, estão sem fazer quimioterapia desde o início de março por falta de medicamento. De acordo com o Napoleão Laureano, 700 ampolas do fármaco Ciclofosfamida estão contaminadas no estoque do hospital. Linfoma é um tipo de câncer que se origina nos gânglios.
Segundo a direção do Napoleão Laureano, a contaminação do lote ocorreu durante a fabricação do medicamento – o próprio laboratório entrou em contato com o hospital para informar do problema pouco tempo após a aquisição.
"O próprio laboratório reconheceu o problema", informou Fernando Carvalho, diretor da instituição. "Eles se dispuseram a vir fazer a troca, mas ainda não chegaram", disse.
Para a dona de casa Josefa Ferreira, que mora em Aguiar, no Sertão do Estado, e descobriu um linfoma no ano passado, a suspensão da quimioterapia vem provocando problemas em sua saúde. "Estou sentindo dores no abdome desde a interrupção do tratamento", informou a paciente, quem vem a João Pessoa mensalmente para tratar a doença.
Segundo Fernando Carvalho, o lote será trocado no momento em que os representantes do laboratório chegarem a João Pessoa. Em contato com a TV Cabo Branco, o fabricante da Ciclofosfamida informou que está recolhendo e reparando o lote contaminado em todo o Brasil e que a troca no Napoleão Laureano deve ocorrer na primeira semana de abril.