Pacientes com câncer ficam sem tratamento por falta de remédio

Lote do medicamento que está em estoque no Laureano está contaminado. Reposição deve ocorrer na 1ª semana de abril. Contaminação aconteceu na fabricação.

Pacientes que realizam tratamento contra linfoma no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, estão sem fazer quimioterapia desde o início de março por falta de medicamento. De acordo com o Napoleão Laureano, 700 ampolas do fármaco Ciclofosfamida estão contaminadas no estoque do hospital. Linfoma é um tipo de câncer que se origina nos gânglios.

Segundo a direção do Napoleão Laureano, a contaminação do lote ocorreu durante a fabricação do medicamento – o próprio laboratório entrou em contato com o hospital para informar do problema pouco tempo após a aquisição.

"O próprio laboratório reconheceu o problema", informou Fernando Carvalho, diretor da instituição. "Eles se dispuseram a vir fazer a troca, mas ainda não chegaram", disse.

Para a dona de casa Josefa Ferreira, que mora em Aguiar, no Sertão do Estado, e descobriu um linfoma no ano passado, a suspensão da quimioterapia vem provocando problemas em sua saúde. "Estou sentindo dores no abdome desde a interrupção do tratamento", informou a paciente, quem vem a João Pessoa mensalmente para tratar a doença.

Segundo Fernando Carvalho, o lote será trocado no momento em que os representantes do laboratório chegarem a João Pessoa. Em contato com a TV Cabo Branco, o fabricante da Ciclofosfamida informou que está recolhendo e reparando o lote contaminado em todo o Brasil e que a troca no Napoleão Laureano deve ocorrer na primeira semana de abril.