Agência de viagens fraudava câmbio e aquisição de passagem

Seis pessoas de CG procuraram a polícia e denunciaram o dono do local que já se apresentou, foi autuado e prometeu ressarcir os prejuízos aos clientes lesados.

Pelo menos seis pessoas já procuraram a Policial Civil nas últimas semanas para denunciar uma possível fraude que está sendo praticada por um dono  de uma agência de viagens internacionais de Campina Grande. Segundo as vítimas, as fraudes acontecem com o câmbio de trocas de moedas e também com o uso indevido dos cartões de crédito dos clientes que usam os serviços da agência. O dono da empresa já se apresentou a polícia e disse que vai ressarcir os prejuízos. 

Uma das vítimas, que não quis se identificar, disse que pretendia fazer uma conversão de real para dólar, para uma viagem internacional. A empresa ofereceu o serviço de câmbio com cotas melhores, mas o suspeito  acabou ficando com todo o dinheiro, cerca de R$16 mil, e não entregou as notas estrangeiras. Já outro cliente disse que fez a compra de passagens através da agência e percebeu meses depois que o cartão de crédito dele acabou sendo usado pela empresa para compra de outras passagens. 
 
O acusado já foi identificado pela Polícia Civil, com a ajuda das vítimas, que abriu um inquérito investigativo para apurar a fraude. De acordo com o delegado seccional Iasley Almeida, ao saber da fraude agentes da polícia tentaram prender o suspeito, em flagrante, mas ele não foi localizado na empresa. Na manhã desta terça-feira (31), o suspeito se apresentou de maneira espontânea na Central de Polícia com um advogado. 
 
Ele foi interrogado e autuado pelo crime de estelionato continuado, segundo informou o delegado. “O dono da empresa se comprometeu em ressarcir todas as vítimas do prejuízo. Ele vai responder em liberdade e caso cumpra a promessa poderá ter uma pena reduzida, mas isso não isenta ele do crime cometido”, explicou o delegado. 
 
A delegada de defraudações de Campina Grande, Maria do Socorro Fausto, disse que já abriu um inquérito para investigar toda a ação. A maioria das vítimas são pessoas que planejam viagens internacionais. Algumas pessoas lesadas chegaram a viajar para o exterior sem o dinheiro que tinham entregado a empresa para a realização de câmbio e tiveram que pedir ajuda de parentes para se manter.