Greve do HULW completa dois meses hoje sem marcação de novas consultas

Apesar de muita gente estar voltando sem atendimento, direção garante que os serviços já marcados continuam sendo prestados.

Os usuários dos Sistema Único de Saúde (SUS) que dependem dos serviços oferecidos pelo Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) estão há dois meses sem os atendimentos. Isso porque os servidores técnicos administrativos estão de braços cruzados desdo o início do mês junho. Aos dois meses de greve, pacientes buscam a unidades, mas voltam para casa sem atendimento. Apesar disso, direção do local garantiu que os serviços já marcados, antes da suspensão das atividades no HULW, continuam sendo prestados à população.

O agricultor Leandro Augusto, 25 anos, que mora em Mamanguape foi ao HULW na manhã desta sexta-feira (7) para acompanhar o sobrinho de 4 anos, na tentativa de realizar um exame de sangue, mas teve de retornar para casa sem o atendimento. “Ele está com as plaquetas baixas e viemos para ele fazer o exame e ser consultado pelo médico, mas depois de 2h30 de espera, informaram que estão em greve”, relatou. Eles chegaram à unidade por volta das 6h.

O superintendente do HULW, Arnaldo Medeiros, disse que somente as novas marcações de consultas ficaram suspensos, mantendo o atendimento normal de quem já as tinham agendado, mas que devido a ‘cultura de greve’, percebeu-se que com o passar das semanas houve uma gradativa diminuição de procura pelos serviços, bem como casos pontuais de falta de profissionais.

“Se os médicos são docentes, alguns deles fizeram greve e não estão vindo. Com o passar do tempo, observamos que o movimento vai aumentando o absenteísmo, tanto do paciente, quanto dos profissionais, pontualmente e não sistemático”, afirmou.