Seap apreende mais de 300 celulares no Serrotão em 4 meses

Além dos 330 aparelhos, também foram localizados no interior da unidade 31 quilos de maconha, 41 facas artesanais e 16 serras.

Mesmo com todas as medidas de segurança adotadas, inclusive a aquisição de um detector de metais em formato de banco, os agentes da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado (Seap) já apreenderam nos últimos quatro meses mais de 300 celulares no Presídio do Serrotão, em Campina Grande. Além dos 330 aparelhos, também foram localizados no interior da unidade 31 quilos de maconha, 41 facas artesanais e 16 serras.

Segundo a direção da unidade, mesmo com o reforço da segurança, os agentes enfrentam dificuldades para coibir a entrada de drogas e celulares, principalmente por conta da rua lateral do presídio, onde pessoas a mando dos presos arremessam objetos ilícitos pelo muro. O último caso ocorreu na quarta-feira, quando uma adolescente de 17 anos foi flagrada tentando jogar maconha, quatro celulares e quatro carregadores para o interior do presídio. Ela estava acompanhada de um mototaxista e despertou a desconfiança dos agentes porque passou três vezes pela mesma guarita.

Recentemente, no mês de julho, a direção do presídio e a prefeitura confirmaram que haviam chegado a um acordo para interditar essa rua, o que segundo o diretor da unidade, Delmiro Antônio, ainda não ocorreu. “Na ocasião, a direção enviou o ofício que foi solicitado pela prefeitura, mas até agora não recebemos nenhum retorno”, pontuou.

Já o secretário de Obras do município, André Agra, que na época visitou o presídio para avaliar a possibilidade de interdição da via, disse que ela ainda não se concretizou porque é necessária uma alternativa para acesso ao Mutirão. Segundo ele, a rua em questão é a única entrada viável para o bairro, inclusive do transporte coletivo, e por essa razão a prefeitura está avaliando e buscando recursos para abrir outra via que possibilite esse tráfego.