Os seis suspeitos de esquartejar duas mulheres, em 2012, na Comunidade Boa Esperança, em João Pessoa, foram condenados pelo1º Tribunal do Júri de João Pessoa, no Fórum Criminal da capital. O júri foi iniciado na manhã da última quinta-feira (24), seguindo pela madrugada. A sentença foi lida pelo juiz Marcos William de Oliveira, às 8h de sexta-feira (25), com condenação dos acusados.
Na madrugada do dia 6 de junho de 2012, duas mulheres foram encontradas mortas, no bairro Funcionários I. Os corpos das vítimas estavam esquartejados e escondidos em um saco plástico.
Dentro da saco foi encontrado um bilhete: “deveu, não pagou, morreu”. O crime foi um acerto de contas. Dois dos seis acusados levaram, em um carro de mão, os corpos de Alessandra Santana de Oliveira, 28 anos, e Jéssica Cristina de Amorim Figueiredo, 17 anos, do bairro Cristo Redentor, onde fica a comunidade Boa Esperança, até o bairro Funcionários I. À época, a delegada Maria Das Dores Coutinho, da Delegacia de Homicídios, ressaltou que houve ousadia dos criminosos, pois usaram de requinte de crueldade.
Os acusados foram condenados por homicídio triplamente qualificado, cometido com requintes de crueldade : Maciel José da Silva, Vulgo "Biel", com pena de 45 anos de reclusão, Patrício da Silva Pereira, vulgo "Neguinho", com 38 anos de prisão, Pedro José Ferreira Júnior, vulgo ‘Ferrugem’, com pena de 38 anos além de Rodrigo Luiz da Silva, vulgo "Camelo", ou "Carioca", com 41 anos de prisão, Michael Júnior Bernardino da Silva, o ‘Tavinho’, com pena de 38 anos de prisão e Eduardo Vieira de Souza, vulgo "Galo", com 45 anos de prisão.
De acordo com o promotor de Justiça que atuou no caso, Marinho Mendes, Rodrigo Luiz da Silva, vulgo ‘Camelo’ ou ‘Carioca’, revelou em depoimento que estava sendo traído pela vítima Alessandra Santana. Já Eduardo Vieira esposo de Jéssica Cristina de Amorim Figueiredo, soube que ela também estava tendo um relacionamento fora do casamento.Para se vingarem, os dois pediram aos outros quatro acusados que matassem as duas mulheres , já que tanto o Rodrigo como o Eduardo, na época, estavam cumprido pena no Presídio do Róger, por tráfico de drogas.
Conforme o promotor ficou provado que Patrício da Silva Pereira, o "Neguinho" , abordou e dopou as vítimas e os demais acusados esquartejaram e levaram em um carrinho de mão os restos mortais até o local onde foram encontrados.
