O suspeito de matar a companheira e a enteada contou a polícia que cometeu o crime porque estava com raiva da adolescente, pois ela estaria incentivando a mãe a terminar o relacionamento com ele.
Juvanildo Marculino dos Santos confessou ao delegado Reinaldo Nóbrega que matou primeiro Vitória Querem, de 15 anos, e acabou assassinando a companheira, Cláudia Bernardino dos Santos, de 44 anos, porque ela tentou defender a filha. O suspeito deve ser transferido para o Presídio do Roger, em João Pessoa, ainda nesta segunda-feira (5).
Juvanildo foi preso pela Polícia Militar na noite de domingo (4) entre os bairros Esplanada e João Paulo II e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Valentina. Após ser atendido, o suspeito foi transferido para a Central de Polícia.
Em entrevista coletiva, o delegado Reinaldo Nóbrega disse que em uma primeira conversa, Juvanildo contou que Cláudia queria se separar e Vitória a incentiva e isso fez com que ele criasse raiva da adolescente. Negando, mais uma vez, que tivesse uma paixão obsessiva pela adolescente. O suspeito contou também que a menina estava dormindo quando foi assassinada.
Como já havia feito quando deixou a UPA, Juvanildo contou ao delegado que no momento do crime estava sob efeitos de medicamento para hipertensão. Para Reinaldo, a justificativa não convence porque o suspeito toma o medicamento há muitos anos e nunca assassinou ninguém antes.
“Eu amava ela como uma filha”, disse Juvanildo, no momento em que era transferido para a UPA, negando ter uma paixão não correspondida por Vitória.“Eu já pedi perdão a Deus por isso”, completou.
Juvanildo deve responder por homicídio triplamente qualificado, com pena de até 30 anos por cada morte.
O caso
Os corpos de Cláudia Bernardino dos Santos, 44 anos, e de Vitoria Querem Oliveira Sousa, 15 anos, foram encontrados na quinta-feira (1º) pela filha mais velha da mulher. Kaliane foi até a casa onde a mãe vivia com o companheiro depois de, por volta de 1h30, receber uma ligação da filha de Juvanildo avisando que o pai tinha matado as duas. Elas estavam no quarto onde a adolescente dormia.
Ela disse ainda que o suspeito entregou vários cartões de crédito para a filha e disse que ela poderia gastar todos os limites. Em seguida voltou para a casa de Cláudia, com quem convivia há sete anos e cometeu o crime.
