Compras natalinas: Polícia faz alerta para golpes de final de ano

De acordo com o delegado Felipe Rodrigues, a população deve redobrar a atenção e tomar alguns cuidados básicos, como não sacar grande quantia em dinheiro

Final de ano chegando e muita gente pensa logo em compras no comércio, festas de confraternização e reencontros com amigos e familiares. Mas para a polícia, essa época do ano também deve ser de alerta, devido ao aumento de casos de roubos, furtos e golpes de estelionatários que se aproveitam do maior movimento no comércio e de vítimas distraídas para cometer os crimes previstos no Código Penal Brasileiro. Quem faz o alerta é o delegado adjunto da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio de João Pessoa, Felipe Rodrigues.

Segundo ele, a população deve redobrar a atenção e tomar alguns cuidados básicos, como não sacar grande quantia em dinheiro. O alerta é válido principalmente pelo recebimento do 13º salário, pago aos trabalhadores.“É preferível usar o cartão de débito ou crédito, sobretudo nesse período do ano, quando o movimento no comércio aumenta”, declara. Se a pessoa realmente tem de fazer o saque em dinheiro, a orientação da polícia é procurar terminais de autoatendimento em locais de movimento. Além disso, é preciso observar se há alguém com comportamento suspeito por perto.

Na área central de João Pessoa e Campina Grande, onde o movimento no comércio é intenso no fim de ano, a polícia recomenda que as mulheres que andam com bolsa a tiracolo a coloquem em posição frontal, de preferência segurando uma das alças com a mão. Para os homens, carteira no bolso traseiro pode representar uma maior vulnerabilidade e chamar a atenção do ladrão, que se aproveita da facilidade para agir. “Isso evita pequenos furtos”, declarou.

Segundo Rodrigues, pessoas idosas e com algum tipo de locomoção devem evitar andar sozinhas pelo Centro nesse período do ano. Por um motivo simples: são vítimas potenciais, no entendimento da polícia. “Essas pessoas devem andar sempre acompanhadas. Os idosos têm reflexo diminuído em consequência da idade e por isso são mais vulneráveis”, destacou.

Uma prática bem conhecida da polícia acontece nas lojas do comércio da capital. “Há muitos casos de pessoas que se infiltram em lojas, se passando por um cliente comum, para observar quem parece ser mais vulnerável. Instantes depois, essa pessoa se torna vítima”, revelou Rodrigues. Situação semelhante ocorre em bancos, onde há pessoas observando o movimento e a colocação de senhas pelos clientes no caixa eletrônico. Ainda nos bancos há o risco da temida ‘saidinha de banco’.