Mulheres podem ter indícios diferenciados

O aumento de casos de infarto entre as mulheres deve ser considerado um sinal de alerta para a população, segundo afirmou o médico cardiologista Valério Vasconcelos. “O coração delas é menor, as artérias coronárias são mais estreitas e pode favorecer o acúmulo de gorduras. Tal particularidade vai interferir mais em uma cirurgia de revascularização dos vasos ou no caso de uma implantação de stents, caso seja necessário. Stent é uma espécie de mola que faz com que a artéria não volte a fechar.

Outro ponto que merece atenção é em relação aos sintomas observados nas pacientes mulheres. “No quadro clínico do ataque cardíaco feminino, geralmente não há a presença de dois sinais bastante reconhecidos, que é aquela forte dor no peito do lado esquerdo e o formigamento no braço”, afirmou o médico. Segundo ele, o infarto na mulher tende a se manifestar de outra maneira, com fadiga intensa, náuseas e dor no estômago. “Muitas vezes ela não se dá conta de que pode estar infartando, pois consegue suportar a dor por mais tempo e acaba demorando muito para procurar ajuda”, explicou.

SAIBA MAIS     

Atividade física     

Uma vida sedentária pode desencadear doenças graves, como hipertensão e diabetes, que por si só são fatores de risco para quem já tem problemas cardíacos ou histórico familiar. O exercício físico promove modificações benéficas como melhora da circulação do sangue, fazendo com que mais nutrientes e oxigênio cheguem ao coração. Outra modificação importante é que o exercício melhora a captação da glicose (açúcar no sangue). Com isso, diminui a chance da pessoa desenvolver diabetes.

Onde buscar atendimento

Em João Pessoa, os hospitais de referência são o Monte Sinai, em Jaguaribe, e o Dom Rodrigo, no Centro. Em Campina Grande, o paciente deve se dirigir ao Hospital João XXIII.