Três cambistas foram presos por venda ilegal de ingressos do jogo válido pela Série C do Campeonato Brasileiro entre Botafogo e ASA-AL neste domingo (10), no Estádio José Américo de Almeida Filho (Almeidão), em João Pessoa. Conforme o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações, a venda ilegal foi informada pela diretoria do Botafogo-PB à Secretaria de Segurança Pública (Seds) no dia 4 de julho, que determinou à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) que investigasse a ação criminosa. O trio de cambistas vai responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
Foi confirmado junto à fiscalização do Estádio Almeidão que os suspeitos vinham atuando há pelo menos dois anos, juntamente com diversas outras pessoas ainda não identificadas, em praticamente todos os jogos realizados no estádio pessoense, inclusive, negociando ingressos do programa “Gol de Placa” do Governo do Estado – esses ingressos são trocados por cupons fiscais, ou seja, ingressos com preço social (inalienáveis).
Os suspeitos foram presos em flagrante, com aproximadamente oito ingressos do programa Gol de Placa, e com valores correspondentes à negociação de dezenas de ingressos. Os três homens confessaram as vendas irregulares, apresentando detalhes das ações. Eles atuavam da mesma maneira, ou seja, trocavam notas fiscais por ingressos sociais do Gol de Placa, ou os recebiam de outras pessoas, sempre os negociando por um preço equivalente ao da bilheteria. Também praticavam a modalidade de golpe conhecida como “bate e volta”, que consiste na utilização do mesmo ingresso, renegociado com vários torcedores, atuando com a conivência de funcionários da bilheteria – que também serão investigados pela DDF.
Os cambistas foram identificados como Francisco Alves dos Santos, de 55 anos, residente em Campina Grande, Josivaldo da Silva, de 39 anos, e Manuel Fernando de Sousa, de 55 anos, ambos de João Pessoa. Os apreendidos vão responder pelo crime de estelionato e associação criminosa.
Segundo informações do delegado Lucas Sá, um dos suspeitos, Francisco Alves, “não apresentou identificação pessoal, mentiu sobre sua data de nascimento e sobre sua qualificação e negou-se a colaborar com as investigações”. Porém, as investigações da DDF permitiram descobrir que o suspeito já responde a um processo criminal pelo crime de estelionato praticado em 2011. Por omitir essas informações e apresentar de informações falsas, ele responderá, ainda, pelo crime de falsidade ideológica.
