O diretor regional da Cagepa, Ronaldo Meneses, revelou que existem hoje, em Campina Grande, cerca de 10 mil ligações irregulares, sendo parte delas usada para furto de água. A revelação foi feita durante reunião do ‘Comitê de Gestão da Crise Hídrica na Paraíba’, realizada na terça-feira (12), na sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), na Rainha da Borborema.
Diante do problema, o MPE recomendou à Cagepa a realização de vistorias e o cadastramento de pontos irregulares, além de medidas de combate ao desperdício de água. O açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande e mais 18 municípios do Compartimento, está apenas com 8,4% de sua capacidade total, o que corresponde a pouco mais de 34 milhões de metros cúbicos.
Qualidade da água
Ainda na reunião, a gerente de qualidade da Cagepa, Ana Carolina Menezes, garantiu que o monitoramento do açude de Boqueirão vem acontecendo de forma continuada e que a presença de cianobactérias na água apresentam níveis aceitáveis.
Durante a reunião ficou acertado que a Cagepa encaminhará à Promotoria de Saúde de Campina Grande, semanalmente, as análises da água que é distribuída aos consumidores da região de Campina Grande.
Presidido pelo procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo Asfora, o ‘Comitê de Gestão da Crise Hídrica na Paraíba’ foi criado no dia 10 de junho e, em um primeiro momento, tem como principal foco o Açude de Boqueirão e o abastecimento de água na região polarizada pelo município de Campina Grande. Uma agenda de reuniões de trabalho foi elaborada para a busca de soluções práticas e objetivas
A reunião contou com as participações da promotora de Justiça da Saúde de Campina Grande, Adriana Amorim de Lacerda; Porfírio Catão Cartaxo Loureiro e Alexandre Magno de Medeiros, da Aesa; José Mota Vítor, Ronaldo Meneses e Ana Carolina Menezes, da Cagepa; José Ethan de Lucena Barbosa, professor da UEPB; Ulysmar Curvelo Cavalcanti, presidente do Comitê de Bacias do Rio Paraíba.
