Caso Célio Alves será investigado pela Delegacia da Mulher

Namorada, de 16 anos, teria sofrido agressões físicas e psicológicas. 

 A Secretaria de Segurança do Estado, após análise administrativa entre as delegacia especializadas, decidiu, nesta segunda-feira (24), que as investigações sobre o caso de agressão envolvendo o ex-secretário adjunto de Comunicação do Estado, Célio Alves, contra a namorada, uma menor de 16 anos, serão conduzidas pela Delegacia Especializada da Mulher e não pela Delegacia da Infância da Juventude.

Para presidir o inquérito policial, a coordenadora da Delegacia da Mulher, Maísa Félix, designou a delegada da mulher Desirée Cristina Rodrigues de Vasconcelos.  A justificativa é de que se trata de um caso de investigação de possível violência doméstica e que os envolvidos tinha uma relação conjugal. 

O ex-secretário e radialista Célio Alves pediu demissão do cargo na última sexta-feira (21) depois de vazarem nas redes sociais vídeos feitos por ele mesmo onde a menor aparece no apartamento do casal em uma discussão. Ao entregar o cargo, ele alegou exploração política do caso e garantiu que o afastamento será para ter mais tempo para se dedicar à “cobrança da rigorosa apuração de tudo, a partir do próprio registro policial” feito no dia 18 de outubro.

A Comissão de Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba  e a secretária de de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Santos Soares, divulgaram nota de repúdio, manifestando indignação contra supostas práticas de violência física e psicológica sofridas por uma adolescente, promovida por seu namorado. 

Procurado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, Célio afirmou que deseja que os fatos sejam elucidados. "Por isso que, no dia, acionei a Polícia Militar e, depois, ainda fui à Polícia Civil registrar novos elementos", comentou. "Espero que a apuração seja técnica, pautada pela imparcialidade, e que se dê celeremente, pois assim provarei que sou vítima de uma grande farsa", acrescentou.