Mães de bebês com microcefalia recebem kits para tratamento

Os kits têm dez itens para serem usados no dia a dia pelas próprias mães.

As mães de bebês acometidos pela Síndrome Congênita do Vírus Zika receberam kits para realizarem o tratamento de estimulação em casa. A entrega do material foi na manhã desta quinta-feira (17), em um evento realizado no Clube Campestre, em Campina Grande. Os kits têm dez itens diferentes para serem usados no dia a dia pelas próprias mães. Ação faz parte do projeto Redes de Inclusão, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

De acordo com a organização do evento, cerca de 30 mães receberam os kits. No local, também houve uma demonstração de como o material deve ser usado feita por fisioterapeutas ocupacionais. O material foi produzido a partir das discussões realizadas nas reuniões para ser utilizado em todo o país e deve ajudar no desenvolvimento psicomotor das crianças através de atividades de fisioterapia e estimulação cognitiva.

O projeto Redes de Inclusão é uma iniciativa do Unicef em parceria com o Ministério da Saúde, o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (Ipads), e das diversas secretarias municipais de saúde e educação de Campina Grande.

O objetivo do Redes de Inclusão é capacitar as famílias dos bebês para realizarem os procedimentos corretos na criação das crianças com a Síndrome, capacitar os profissionais de saúde e educação para trabalharem com os procedimentos mais avançados para atuação com o problema e articular uma rede de colaboração para que os métodos desenvolvidos em todo o país sejam padronizados.

Guia de apoio

Membros de diversas classes da área da saúde vão elaborar um guia de apoio familiar sobre direitos das mulheres. Será realizada uma reunião com integrantes do Comitê Intersetorial de Redes de Inclusão, na manhã desta sexta-feira (18), no Centro Regional de Reabilitação e Assistência em Saúde do Trabalhador (Cerast), no bairro do Dinamérica para discutir a construção do guia. Encontro será a partir das 9h.

Em Campina Grande, também foi desenvolvido o projeto Zikalab. De acordo com a secretaria de saúde, o programa já capacitou 200 profissionais de saúde de toda a região para o trabalho com as crianças com a síndrome. Apenas seis cidades brasileiras receberam o programa e Campina é uma delas por ter desenvolvido uma rede de assistência às famílias e às crianças com o Ambulatório Especializado do Hospital Pedro I que atende 118 crianças.