Paraibano que temia a violência é assassinado no Rio de Janeiro

 Segundo parentes, Heleno pensava em voltar a morar na Paraíba.

Um paraibano de 50 anos foi assassinado no fim da noite de quarta-feira (23) em uma pizzaria no bairro do Grajaú, no Rio de Janeiro. Heleno Luiz Dias trabalhava como porteiro e tinha ido buscar a esposa, que trabalhava no local. Parentes disseram que ele tinha medo da violência carioca e por isso queria voltar para a Paraíba. Além de Heleno, um outro homem foi morto no crime.

Segundo informações da polícia, Heleno e o policial militar reformado Silvio José Braga Nunes, de 69 anos, foram atingidos por criminosos que passaram pelo estabelecimento e atiraram. Os dois chegaram a ser socorridos e levados para o Hospital Federal do Andaraí, mas não resistiram aos ferimentos.

“Ele estava aqui havia 23 anos. Mas começou a ter medo. Temia muito a violência do Rio. Trabalhava no Grajaú e estava sempre ouvindo sobre assaltos. Era justamente por medo dessa violência que estava na pizzaria: havia ido buscar a esposa, que trabalhava lá, para que ela não voltasse sozinha para casa”, contou o primo de Heleno, Adeildo Dias Pereira, de 39 anos, ao jornal ‘Extra’. Por esse medo, Heleno pensava em voltar à Paraíba.

De acordo com Adeildo, Heleno era amigo do policial militar reformado Silvio José Braga Ramos, de 69 anos, que trabalharia como segurança da pizzaria e também morreu. “Os dois estavam conversando quando uns bandidos chegaram atirando. Meu primo correu, mas foi atingido. Não tinha nada a ver com a situação. Só estava na hora errada, no lugar errado. Era uma pessoa muito boa. Deixou a esposa e os dois filhos, o mais novo com apenas 13 anos”, afirmou.

Os parentes ainda não sabem se o sepultamento de Heleno ocorrerá no Rio de Janeiro ou se o corpo será levado para a Paraíba.

Equipes da Divisão de Homicídios(DH) da polícia do Rio de Janeiro, que é responsável pelas investigações, realizou uma perícia no local do crime. Um funcionário contou que nada foi roubado da pizzaria. Com isso, a polícia ainda não sabe se a ação se tratou de uma tentativa de assalto ou até uma execução do policial reformado.