Agricultor assassinado não teria obedecido ordem de largar arma

Francisco foi confundido com um bandido após chamar a PM porque a casa estava sendo assaltada.

O agricultor Francisco de Assis Pedro, 59 anos, que acabou morrendo, na noite de quinta-feira (5), após ser confundido com bandido e baleado por policiais militares, não teria respeitado a ordem de largar a espingarda que carregava no momento do ocorrido. A informação foi repassada na manhã desta sexta-feira (6), pelo comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, o major Pablo Cunha. Conforme o comandante, o filho do agricultor também estava armado com um facão, apesar da informação inicial da Polícia Civil (PC), de que se tratava de um machado.

Ainda segundo o major Pablo Cunha, os policiais militares foram ouvidos na delegacia de polícia Civil (PC) e o batalhão da PM instaurou uma sindicância para apurar o caso. “São coisas que a gente lamenta muito por causa da morte do agricultor. Em frações de segundos a gente tem que decidir entre preservar a vida ou morrer, foi o caso dos policias. Essa caso aconteceu em decorrência da atitude do cidadão que não soltou a arma, nem ficou parado após a ordem da guarnição”, disse.

De acordo com a Polícia Civil (PC), Francisco foi atingido nas costas e não resistiu aos ferimentos, e o filho dele Adriano Pedro, de 23 anos. Eles acionaram a PM por volta das 19h, informando que a residência, onde moram, que fica no Sítio Lages, estava sendo invadida por bandidos. Ao chegar no local, a PM avistou os dois homens armados com espingarda e facão saindo da casa e atirou, achando que se tratavam dos suspeitos.

As vítimas atingidas foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande pela própria viatura da PM, mas o agricultor de 59 anos morreu a caminho do hospital. Já o filho dele foi atendido e já recebeu alta.