Carnes de empresas investigadas devem ser recolhidas, diz MP-Procon

Orientação seria para proteção e garantia dos direitos do consumidor.

As carnes que foram produzidas por empresas investigadas na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, devem ser retiradas de comercialização na Paraíba. A orientação foi feita pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (MP-Procon) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), nesta quinta-feira (23), em audiência na sede do órgão com representantes da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB) e dos Procons de João Pessoa, Bayeux e Cabedelo.

O direitor geral do MP-Procon, o promotor de Justiça Francisco Glauberto Bezerra, convocou as redes de supermercados para repassar as orientações. “Grandes redes já têm a segregação e todos os produtos sob suspeita, não há determinação legal e nem ainda resultado de exames, por isso, essas medidas são para proteger a população”, disse.

Segundo o diretor de alimentos da Agência Estadual de Vigilância Sanitária, Ailton César, o órgão elaborou um plano de ação para orientar os municípios. “Em conjunto com a Sedap, estamos fazendo [também] um levantamento das instituições que tiveram seus registros sanitários cancelados”, disse.

A representante da ASPB, Lília Maranhão, comentou que a associação reforça o apoio aos trabalhos de investigação. “Vamos assumir o compromisso de fiscalizar os associados no que se refere a segregação de todos os produtos cárneos que tenham sido produzidos pelas empresas que estão sendo investigadas na ‘operação Carne Fraca’”, disse.

Participaram ainda da reunião, o vereador Helton Renê, o diretor financeiro da ASPB, Cícero Bernardino; o gerente da Gerência de Vigilância Sanitária, Sílvio Ribeiro; o coordenador do Procon de João Pessoa, Ricardo Dias Holanda; o secretário do Procon de Cabedelo, Francinaldo de Oliveira; o representante do Procon de Bayeux, Vitor Hugo Lins e o assessor jurídico do MP-Procon, Bruno Alves.