Após as fortes chuvas da segunda-feira (8), as condições estruturais da Escola Municipal Duarte da Silveira, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa, ficaram comprometidas. Infiltrações e alagamentos foram os principais problemas verificados na escola nos últimos dias. Apesar disso, segundo membros da comunidade, as condições precárias já existem há cerca de quatro anos e se intensificaram desde 2016. Fotos e vídeos mostrando os danos estruturais da escola viralizaram nas redes sociais nesta semana.
Durante esta terça-feira (9), a situação continou atrapalhando o andamento das aulas e os trabalhos dos demais funcionários. Além dos quadros que caíram e estão suspensos em cadeiras, as goteiras que circulam ao lado da rede elétrica causam risco à segurança dos alunos e profissionais. As informações foram confirmadas por uma moradora do bairro Costa e Silva, que é mãe de um aluno.
Segundo a mulher, que preferiu não se identificar, a direção informou que uma reforma está para ser feita desde 2012. “Disseram que houve problema com negócio de licitações e com a empresa da obra, e até agora nada”, disse.
A reforma, que se arrasta desde 2012, foi confirmada pela direção da escola. Conforme Otaviano Ferraz, diretor adjunto da escola, a instituição passava por reformas, mas por problemas em licitações a empresa abandonou a obra. “Estamos aguardando a volta de uma construtora. Já houve licitação e uma nova empresa ganhou. A gente espera que chegue rápido”, contou.
Além das questões em sala de aula e em outros ambientes internos, a quadra da escola não tem piso, o que inclusive já provocou acidentes com alunos. Com isso, aulas práticas e eventos não vêm acontecendo no local. “A situação da educação está caótica em João Pessoa. E ainda tem a falta de segurança e as condições de trabalho do pessoal”, disse a mãe.
Em relação à segurança dos estudantes, o diretor adjunto Otaviano Ferraz destacou que não houve registros de acidentes e que a escola vem se preocupando "com o bem-estar de todos os alunos e profissionais".
“Quando há chuvas fortes, eu dispenso [as aulas], porque inunda na frente, na parte do pátio, nas entradas, fica ruim de chegar. Não tem escoamento, mas na reforma vão consertar”, afirmou Ferraz, complementando que "há infiltrações onde a água chega a escorrer pelas paredes, em cerca de duas salas".
Para repercutir o caso, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato a secretária de educação de João Pessoa, Edilma da Costa Freire, com a assessoria da Secretaria de Educação e com o diretor de Gestão Curricular, Gilberto Cruz. Apesar disso, nenhuma das ligações foram atendidas.