Ministério declara fim da emergência nacional para zika e microcefalia

Governo diz que houve redução de 95,3% dos casos em 2017, em relação a 2016.

Nesta quinta-feira (11) foi anunciado pelo Ministério da Saúde o fim da emergência nacional em saúde pública causada pelos casos de zika e microcefalia no país. A situação de emergência havia sido declarada em novembro de 2015, quando os primeiros casos do quadro de malformação relacionada à infecção pelo vírus da zika foram identificados no Nordeste.

Conforme o ministério, o Brasil "não preenche mais os requisitos exigidos para manter o estado de emergência". Um dos quatro pontos da avaliação de risco da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o evento seja considerado incomum ou inesperado, o que não ocorre mais, de acordo com a pasta, visto que já há conhecimento científico suficiente que comprove a relação da zika e as alterações neurológicas.

A OMS também havia declarado situação de emergência em saúde pública mundial por causa do problema em fevereiro de 2016. Em novembro, a entidade anunciou o fim da emergência internacional.

O ministério informou que até 15 de abril deste ano foram registrados 7.911 casos de Zika em todo o país, uma redução de 95,3% em relação a 2016, quando ocorreram 170.535 notificações. Ainda de acordo com a pasta, os dados de microcefalia têm apresentado redução importante no número de casos novos notificados a cada semana, desde maio de 2016. Os casos novos mensais têm se mantido em 2% desde o mês de janeiro de 2017. No pico dos casos de microcefalia, em dezembro de 2015, foi registrado incremento de 135% nas notificações.

Boletim

O último boletim epidemiológico, de 1º de janeiro a 15 de abril deste ano, aponta redução de 90,3% dos casos de dengue; 95,3% de Zika e 68,1% de chikungunya em relação ao mesmo período de 2016. No entanto, o período de maior incidência das três doenças segue até o fim de maio.

Zika

Neste ano, até 15 de abril, foram registrados 7.911 casos de Zika em todo o país, o que representa uma redução de 95,3% em relação ao mesmo período do ano passado (170.535 casos). A incidência passou de 82,8 em 2016 para 3,8 neste ano. A análise da taxa de casos prováveis mostra uma baixa incidência em todas as regiões geográficas até o momento. Em relação às gestantes, foram registrados 1.079 casos prováveis em todo o país, sendo 293 confirmados.