Setenta casais Potiguara participam de casamento coletivo em Rio Tinto

Evento será às 10h, na unidade Serviço Social da Indústria (Sesi).

Setenta casais Potiguara participam de casamento coletivo em Rio TintoSetenta casais indígenas das aldeias Potiguara, no Litoral Norte da Paraíba, vão se casar nesta quarta-feira (31) em um casamento coletivo promovido pela Defensoria Pública do Estado. O evento será às 10h, na unidade Serviço Social da Indústria (Sesi) de Rio Tinto.

Participam do casamento coletivo índios das aldeias Lagoa Grande, Jacaré de São Domingos, Monte-Mor, Três Rios, Galego, Tramataia, Grupiuna, Jacaré de César, Tracoeira, Ybykuara, Akajutybiro e São Francisco.

"Esse casamento coletivo dimensiona nossa disposição em dar a maior amplitude possível à atuação da Defensoria Pública junto às famílias, assegurando-lhes a inclusão social”, afirmou a defensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes.

Os casais Potiguara vão celebrar a união civil perante o juiz Judson Kildere Nascimento Faheina. Segundo a defensora pública Rosário Lima, que está à frente da realização do casamento coletivo indígena, muitos casais já viviam juntos, mas não tinham condições de formalizar a união. "Com a oficialização do matrimônio, os casais podem resolver pendências previdenciárias e ter acesso a pensões, aposentadorias, entre outros benefícios”, explicou.

Para o cacique geral Sandro Gomes Barbosa, que repsonde por todas as aldeias da Paraíba, a cerimônia representa uma conquista de direitos. "Se acontecer alguma morte, por exemplo, fica muito mais fácil de resolver os benefícios, como pensão. Quando as pessoas são casadas, facilita muito. Também é uma forma de ficar mais unido como casal. Além disso, casar é caro e muita gente ainda não tinha oficializado a união por causa da situação financeira”, afirmou.