Vistoria do CRM-PB identifica problemas no Ortotrauma

Órgão verificou superlotação, manutenção predial precária e falta de medicamentos.

Uma vistoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) nesta segunda-feira (7) no Complexo Hospitalar Governador Tarcísio Burity, mais conhecido como Ortotrauma de Mangabeira, em João Pessoa, encontrou diversos problemas na unidade. Entre eles, o órgão verificou superlotação, manutenção predial precária, falta de equipamentos e de medicamentos, foram outros problemas encontrados.

Apesar da fiscalização, o CRM-PB ressaltou que a unidade não seria interditada por causa da quantidade de atendimentos realizados no local.

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou uma nota confirmando a informação relacionada à manutenção dos serviços. Além disso, afirmou que aguarda o relatório da visita do Conselho Regional de Medicina da Paraíba para dar as explicações necessárias sobre a fiscalização ocorrida nesta segunda.

"Contudo, considerando o que está sendo veiculado na mídia, é preciso esclarecer que a unidade hospitalar está em pleno funcionamento, realizando todos os tipos de atendimentos, inclusive cirurgias. De janeiro a abril deste ano, foram realizados mais de 215 mil atendimentos, além de uma média de 500 cirurgias ao mês", observou a secretaria na nota. 

Ainda, de acordo com o município, o Ortotrauma não tem problemas de superlotação. "Inclusive havia vagas no momento da fiscalização. Esta é uma unidade hospitalar de ‘porta aberta’ e realiza todo tipo de atendimento, mesmo no que se refere a casos não relacionados à sua especialidade, que é de cirurgia de urgência e emergência de áreas abaixo do joelho e abaixo do cotovelo", frisou.

"Apesar de ser um hospital municipal, recebe muitos pacientes oriundos de outros municípios, o que evidencia sua importância no âmbito estadual, considerando o fechamento de hospitais nos últimos anos, e o aumento de vítimas de acidentes de trânsito e de violência", acrescentou.

A Secretaria observou que a unidade hospitalar dispõe de medicamentos em suas farmácias e diversos equipamentos que auxiliam no diagnóstico dos pacientes, a exemplo de aparelhos de radiologia, ultrassonografia, endoscopia e de monitorização.

"Recentemente foram feitas adequações prediais no setor do ambulatório e agora os serviços estão sendo realizados no Pronto Atendimento de Saúde Mental (PASM).
 
O Ortotrauma possui uma gestão de transparência com uma equipe comprometida em prestar o melhor atendimento ao paciente. Contudo, reconhece que os únicos hospitais sem problemas são os de ‘porta fechada’. O processo de doença na Urgência e Emergência não tem data nem horário. Assim, o corpo de profissionais trabalha sobre a demanda que ora se apresenta.", pontuou.