Policial que sacou arma para jornalista na PB vai ser investigado

Caso aconteceu nesta quarta (25) no estacionamento do Núcleo Criminal do MPPB. 

O procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, afirmou que vai encaminhar um ofício ao delegado-geral da Polícia Civil, solicitando investigação do policial civil que sacou uma arma para um profissional da imprensa nesta quarta-feira (25). O caso aconteceu no estacionamento do prédio do Núcleo Criminal do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Em entrevista à TV Cabo Branco, o jornalista Albemar Santos, que atua em uma rádio e em um portal de notícias do estado, disse que o policial queria ter acesso à entrada do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e foi agressivo. “Por onde ele queria passar, eu teria que sair do meio. Em vez de ele chegar pedindo licença, ele chegou me empurrando”, relatou, acrescentando que pensou inicialmente que se tratava de um colega da imprensa, de brincadeira.

“Mas ele voltou a executar essa ação inclusive de forma mais acintosa, com as duas mãos e inclusive falando alto, dizendo que estava querendo passar, para que eu saísse do meio. Eu disse que nao era assim que procedia, que ele tinha que pedir licença”, continuou.

O jornalista mencionou também que após um confronto físico entre os dois o policial sacou a pistola. "Eu fiquei na linha de tiro por alguns segundos”, disse, observando que conseguiu se esquivar.

Em nota divulgada, o procurador-geral de Justiça ressaltou que o policial não prestava serviço ao MPPB. Ele garantiu, ainda, que ao ter conhecimento do fato pediu imediatamente à Assessoria Militar do órgão que apurasse a situação.

Segundo ele, a assessoria foi informada que o homem se tratava de um policial civil que foi entregar documentação no Núcleo Criminal e que teve dificuldade de acesso ao prédio por causa de profissionais da imprensa. Os jornalistas aguardavam o final de um depoimento no local. Após o fato, o policial teria tido acesso ao prédio, entregou a documentação e saiu do local.

O procurador-geral também recomendou à sua Assessoria Militar que fizesse a identificação do policial civil e que reunisse informações e imagens gravadas por pessoas que estavam no local, para que fossem encaminhadas à Polícia Civil.