O município de Fagundes, no Agreste, foi considerado pelo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) como o que tem situação mais preocupante no estado. Em novembro de 2016, o índice era de 8,2. Já de acordo com o último LIRAa, divulgado no último dia 28, o número quase duplicou e chegou a 15,2. Ele é quatorze vezes maior que o índice considerado comum pelo Ministério da Saúde (1,0).
De acordo com o ministério, o resultado abaixo de 1 é considerado fora de perigo (menos de uma casa infestada para cada 100 pesquisadas), de 1 a 3,9% é estado de alerta (de uma a três casas infestadas para cada 100 pesquisadas), e acima de 4% há risco de surto e demanda ações emergenciais (quatro ou mais casas infestadas para cada 100 pesquisadas).
Ainda conforme o Ministério da Saúde, depois de Fagundes, as cidades com piores índices são Alagoa Nova, com 12,9, seguida de Juarez Távora, com 10,2, Juazeirinho, com 9,3, e Campina Grande, com 7,6.
Para repercutir a questão, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Fagundes. O órgão informou que o índice de infestação do Aedes Aegypti cresceu na localidade por causa do racionamento de água, seguido da necessidade de armazenamento, que estaria sendo feito de forma incorreta pela população.
Segundo a secretaria, como forma de intensificar o controle de larvas nos reservatórios dos moradores, peixes serão distribuídos para conter o avanço dos criadouros.
Estado
Segundo o mais novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa), a Paraíba se posiciona em segundo lugar do Nordeste e em terceiro do Brasil no ranking dos estados com mais cidades em situação de risco ou alerta de surto de dengue, zika e chikungunya.