UEPB entrega consultório para atendimento ginecológico no Presídio Feminino

Equipamento vai atender 110 mulheres na unidade do Serrotão.

UEPB entrega consultório para atendimento ginecológico no Presídio Feminino
Reitor Rangel Júnior participa da solenidade de inauguração de consultório em presídio

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) inaugurou, dentro do Presídio Regional Feminino de Campina Grande, localizado no bairro do Serrotão, as instalações para atendimento clínico das reeducandas que ali cumprem pena. As atividades do consultório acontecerão através de uma parceria entre a UEPB e a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) para viabilizar assistência às internas no que se refere à saúde feminina.

Atualmente, 110 mulheres serão beneficiadas com a clínica, que atende todos os critérios exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é fruto de um projeto iniciado em 2010, através de financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS). Em 2016 as ações foram vinculadas às pesquisas do Mestrado em Saúde Pública.

Para o reitor Rangel Junior, este é um trabalho diferenciado do ponto de vista do comprometimento e por ser uma atividade social relevante, fundamentado numa leitura de mundo e de sensibilidade de quem coordena as ações presentes. “O passo que damos hoje é pequeno, mas tenho certeza de que ele já contribui com o que virá depois, tornando os dias de quem aqui vive menos penosos e mais saudáveis”, frisou.

Humanização

De acordo com a professora de Enfermagem, Gabriela Costa, uma das idealizadoras do projeto, para que as detentas pudessem ser atendidas, era necessário transportar até o presídio todo o material necessário para as consultas e coletas, desde a cama até os instrumentos. “A construção desde consultório contou com 100% dos recursos da UEPB, que realizou toda adaptação da estrutura física, aquisição do mobiliário e tudo o mais necessário para o funcionamento. Agora contamos com a parceria da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) e da Secretaria de Saúde para que possa efetivamente funcionar”, disse a professora.

“Buscamos cumprir o desafio de proporcionar uma assistência mais humanizada às reeducandas, movendo ações que concedam mais dignidade e atendimento qualificado às mulheres”, acrescentou a professora Eloíde André, também idealizadora do projeto, destacando que as pessoas até podem ser privadas de liberdade, mas não de acesso à saúde.