Restaurantes fecham as portas devido à falta de abastecimento de produtos em João Pessoa

Na Empasa também não há previsão de abastecimento.

Restaurantes fecham as portas devido à falta de abastecimento de produtos em João Pessoa
Foto: Tiago Bernardino

Restaurantes de João Pessoa começaram a fechar as portas desde a segunda-feira (28). De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação (SEHA-JP), Graco Parente, a medida foi tomadada devido à falta do abastecimento de gás e alguns alimentos.

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“Muitos restaurantes estão fechando por precaução, economizando o pouco do material que resta para abrir as portas um dia que seja mais movimentado. Outros estão limitando o cardápio de acordo com os produtos que são utilizados na preparação do prato”, diz. “Restaurantes que oferecem pratos que possuem salmão, poderão deixar de servir nos próximos dias”, esclarece o presidente.

Ainda de acordo com Graco Parente, apesar donos de restaurantes comprarem alguns produtos com preços acima do valor, o cliente não sentiu o repasse dos valores nos cardápios. A previsão, é que o setor seja reabastecido até a quarta-feira (30). “Após isso, serão poucos os restaurantes que não irão abrir”, diz o presidente.

Empasa

Segundo o diretor presidente da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), José Tavares, ainda não há previsão para o abastecimento de mercadorias nas unidades de João Pessoa, Campina Grande e Patos.

Em João Pessoa, chegou nesta terça-feira (28) um carregamento com tomates, cebola e batata. De acordo com José Tavares, o abastecimento foi um repasse de Campina Grande, que possuía um caminhão na barreira da paralisação e conseguiu desviar do bloqueio dos caminhoneiros e chegar à capital.

Nas unidades de Campina Grande e Patos, os carregamentos continuam sem chegar.

Supermercados

Após nove dias da greve dos caminhoneiros, os supermercados já registram escassez de produtos laticínios. De acordo com o presidente do Sindicato dos Supermercados da Paraíba (ASPB), o estoque de carnes deve durar mais dois dias e não existe previsão de quando o setor de hortifruti será abastecido, devido a ausência dos carregamentos na Empasa.

A preocupação do presidente do Sindicato é, principalmente, coma feira das famílias que acontece normalmente no fim do mês. “O estoque de alimentos não perecíveis, como arroz, feijão e macarrão, só vai se manter por mais oito dias, no máximo”, afirma. Damião ainda informou que a ASPB está cobrado uma solução do Governo.