Picadas de escorpiões aumentam durante o segundo trimestre em João Pessoa

Animais costumam sair de suas tocas após o período chuvoso.

escorpiõesOs acidentes com escorpiões aumentaram no segundo trimestre de 2018 em João Pessoa, de acordo com o Centro de Assistência Toxicológica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Conforme o coordenador adjunto do Ceatox, Luiz Carlos Costa, os animais costumam sair de suas tocas após o período chuvoso e procuram abrigo e alimentação na zona urbana.

A média de casos identificados nos meses de abril, maio, junho e julho é de 108 picadas – o que representa um aumento de quase 50% nas incidências em relação aos meses de janeiro, fevereiro e março, cuja média é de 57 casos. O mês que lidera a quantidade de notificações dos acidentes é abril, com 121 picadas notificadas.

De acordo com Luiz Carlos, existem medidas preventivas que se forem tomadas podem estabilizar as estatísticas de acidentes com os animais. Os principais cuidados são:

  • Eliminar baratas do ambiente porque elas são as principais presas dos escorpiões;
  • Limpar caixas de gordura;
  • Evitar o acúmulo de lixo e de materiais de construção;
  • Vedar lixeiros e ralos (para que os escorpiões saiam pela tubulação);
  • Sacudir roupas e sapatos;
  • Afastar camas da parede;
  • Não deixar cortinados de berço em contato com o chão.

Os grupos de risco em casos de picadas são crianças e adultos. Segundo o coordenador do Ceatox, na maioria dos casos as reações são leves, mas os ferimentos causam dor intensa e dormência que podem durar até 48 horas. Se sintomas como vômito e dor abdominal surgirem, a pessoa ferida deve ir a um hospital para passar por avaliação médica.

Em todos os casos, o local da picada deve ser lavado com água e sabão e fazer compressas com água morna.