Operação investiga organização internacional suspeita de fraudar abertura de empresas na PB

Um dos investigados tem 60 empresas em sociedade com estrangeiros.

Operação investiga organização internacional suspeita de fraudar abertura de empresas na PB
Documentos apreendidos na ação da DDF (Foto: Divulgação/DDF)

Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (18) uma operação contra uma organização criminosa internacional que atuava na Paraíba em um esquema de abertura de empresas e negociação de imóveis por estrangeiros , na maioria italianos. Segundo a Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, as investigações da Operação Fratelli tiveram início há aproximadamente seis meses, após denúncia feita por uma das vítimas, que descobriu o desvio de mais de R$ 600 mil reais, relacionados a apenas uma das empresas investigadas. Ninguém foi preso.

As investigações da DDF identificaram que um dos investigados, um técnico em contabilidade, possui 60 empresas registradas em seu nome, sendo grande parte delas de construção civil, em sociedade com estrangeiros. Durante a investigação, a identificou 20 contas bancárias relacionadas aos fatos em investigação, cujo sigilo já foi quebrado pela justiça paraibana.

Todas as informações bancárias já estão sendo analisadas no contexto da Operação Fratelli e restavam apenas o cumprimento de mandados de busca e apreensão. As ordens foram cumpridas em João Pessoa e Maceió, capital de Alagoas, local onde vivem dois dos investigados.

Segundo o delegado de Defraudações, Lucas Sá, são sete investigados no total.“Representamos pela prisão temporária no decorrer da investigação, mas a justiça só deferiu mandados de busca e quebra de sigilo bancário. Foi o que cumprimos hoje”, disse.

Durante a primeira fase da operação, a Polícia Civil apreendeu documentos e equipamentos eletrônicos dos investigados, que serão analisados com o objetivo de concluir as investigações, com a responsabilização de todos os envolvidos e delimitação do prejuízo causado. A estimativa prévia da polícia é que a organização tenha desviado cerca de R$ 5 milhões.