Ex-funcionário suspeito de participar de estupros em escola é preso

Adolescentes suspeitos dos abusos seguem em internação por decisão do TJ.

Ex-funcionário suspeito de participar de estupros em escola é preso

Foi preso na tarde desta sexta-feira (15) o ex-funcionário suspeito de participar dos casos de estupro de crianças dentro de uma escola particular em João Pessoa. A prisão foi concedida a pedido da delegada que conduz as investigações, Joana D’arc.

Segundo ela, o ex-zelador da escola onde os crimes aconteceram foi preso em casa e não ofereceu resistência.

A defesa do homem disse que recebeu a notícia do mandado de prisão com surpresa, já que outros dois pedidos de prisão já tinham sido rejeitados e ele considera que não há fato novo para mudança no entendimento. A defesa também disse que vai dar entrada em um habeas corpus na segunda-feira (18).

A delegada, no entanto, defende que o homem teve participação ativa nos abusos, que aconteciam dentro do banheiro da escola. Pelo menos duas vítimas foram identificadas, ambos com menos de dez anos na época do crime.

Três adolescentes foram apreendidos na terça-feira (12) suspeitos de praticarem os abusos, considerados no caso deles como atos infracionais assemelhados ao crime de estupro de vulnerável. Um quarto mandado de apreensão foi expedido, mas o jovem alvo deste mandado não foi localizado.

Os estupros foram denunciados em maio do ano passado e logo depois a escola demitiu o funcionário suspeito do envolvimento. O caso corre em segredo de justiça.

Em nota, a escola informou que  “os alunos e o ex-funcionário acusados não têm mais vínculos com a escola desde o ano passado” e que “reforçou ainda mais seus mecanismos de segurança e orientação, para que episódios dessa natureza nunca mais ocorram”.

Adolescentes seguem internados

Três pedidos de liminares para que os adolescentes sejam liberados foram negados pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida na tarde desta sexta-feira (15). Eles foram apreendidos por atos infracionais assemelhados ao crime de estupro de vulnerável.

Os pedidos foram feitos sob o argumento de que a medida extrema seria desproporcional. Mas, de acordo com os autos, há elementos de materialidade e indícios suficientes de autoria, conforme os depoimentos prestados pelas supostas vítimas.

Ao indeferir os pedidos, o desembargador ressaltou: “A gravidade concreta dos atos infracionais e a alta reprovabilidade das condutas, que se mostraram, aparentemente, presentes no caso, conduzem à constatação da periculosidade dos agentes, e consequentemente, demonstram a necessidade da medida extrema”.