Combate ao Aedes: donos de imóveis fechados no Litoral Sul vão ser convocados pela Saúde

A intenção é eliminar a água acumulada e monitorar quaisquer focos do mosquito.

Foto: Francisco França
Combate ao Aedes: donos de imóveis fechados no Litoral Sul vão ser convocados pela Saúde
Preocupação é que 80% das casas no Litoral Sul são utilizadas apenas para veraneio. Foto: Francisco França

Os proprietários de imóveis para veraneio que estão fechados no Litoral Sul da Paraíba serão convocados para tomarem medidas de prevenção contra a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti e Anopheles. A ação será feito através de um trabalho conjunto da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS) e de Conde. A intenção é eliminar a água acumulada e monitorar possíveis focos de nascedouros dos mosquito transmissor.

A iniciativa foi levantada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), onde os gestores, em conjunto, buscam traçar estratégias para controle desses mosquitos e evitar novos casos de doenças como malária, dengue, zika vírus e chikungunya.

“Temos uma preocupação principalmente, porque 80% das casas situadas em Jacumã e Carapibus geralmente são utilizadas apenas para veraneio, ficam a maior parte do tempo fechadas e são de proprietários que não moram no município”, disse Rogéria Gomes, coordenadora de Vigilância em Saúde do Conde. “São casas com piscinas, lonas e outros fatores propensos a criadouro de mosquitos e os agentes de vigilância ambiental não conseguem realizar a vistoria e a aplicação de inseticida”, completou.

Os técnicos das secretarias alertam ainda para os cuidados com o autodiagnostico e a automedicação. Casos suspeitos das doenças devem procurar os serviços de saúde para investigação e tratamento correto após avaliação clínica. “Os sintomas da malária apresentam febre alta, calafrios, fadiga, suor noturno, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica”, explicou Rogéria Gomes.

Orientações

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos, eliminando o acúmulo de água em locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras.

Além do cuidado com os ambientes, que são monitorados também pelos agentes de saúde ambiental, é importante que as pessoas que estiverem em trânsito pelo Litoral Sul utilizem repelente, que é uma das formas de prevenção contra as infecções transmitidas pelos mosquitos.