PB teve mais de 17 mil possíveis casos de dengue até outubro

Outras 1.243 notificações de chikungunya e 388 de zika foram registradas pela Secretaria de Saúde.

Aedes Aegypti

Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a Paraíba registrou um aumento de 67%, em comparação com 2018, no número de registros de casos prováveis de dengue, entre os meses de janeiro a outubro deste ano. Até a 42ª Semana de Epidemiológica (SE), foram notificados 17.149 de possíveis casos de dengue, 1.243 de chikungunya e 388 de zika, de acordo com o Boletim Epidemiológico da SES, divulgado nesta terça-feira (5).

>>> Veja aqui o Boletim Epidemiológico da SES 

Ainda conforme o Boletim da SES, os municípios de Lucena, João Pessoa, Caaporã, Princesa Isabel, São José de Princesa, Juru, Areia, Esperança, Alagoa Nova, São Sebastião do Umbuzeiro, Camalaú e Prata, localizados nas 1ª, 3ª, 5ª e 11ª Regiões de Saúde, são os que mais notificaram a secretaria por casos de arboviroses (doenças relacionadas aos arbovírus). Apenas 13 dos 223 municípios paraibanos não realizaram nenhuma notificação de casos suspeitos de doenças causadas por aedes aegypti, e são considerados silenciosos.

Além das notificações de casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika, a SES também registrou 54 óbitos suspeitos de serem provocados pelo mosquito aedes aegypti em 28 cidades paraibanas. Cerca de 40 gestantes foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Paraíba até o fim de outubro com suspeita de portarem o vírus da zika. Foram testadas, ainda, 2.780 amostras de sorologia para dengue, 1.240 para chikungunya e 1.091 para zika. Destas, cerca de 1.724 se mostraram reagentes, enquanto outras 2.930 reagiram negativamente às suspeitas de arboviroses.

Recomendações

Pelo alto índice de casos de dengue no estado em 2019, a SES recomenda que os setores de infra-estrutura, como Limpeza Urbana, Secretaria de Educação e Meio Ambiente, se mobilizem para contribuir com o controle de arboviroses, mantendo a vigilância para notificação dos casos suspeitos e atentando para as normas e procedimentos de coleta específicos de cada vírus. Os moradores também devem se atentar aos focos do mosquito, que na grande maioria são encontrados dentro de casas, quintais e jardins.

A SES também lembra que as famílias devem combater o mosquito durante o ano inteiro, e não só no verão, quando as campanhas contra a dengue são mais intensas pelo pico de número de casos. A fiscalização deve ser realizada com faxinas semanais, e a população deve procurar eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, além de não acumular água em pneus, calhas e vasos, e “dedetizar” as piscinas com cloro.