João Pessoa é a capital com maior percentual de homens agredidos por pessoas alcoolizadas

Pesquisa VIVA Inquérito 2017 fez comparativo com entradas em unidades de saúde.

Após quase três horas de negociação, suspeito de matar taxista durante briga de trânsito se entrega à polícia (Foto: Reprodução)
João Pessoa é a capital com maior percentual de homens agredidos por pessoas alcoolizadas
Foto: Reprodução

João Pessoa é a capital brasileira com o maior percentual de homens vítimas de agressores alcoolizados que dão entrada em unidades de urgência e emergência. A constatação é da pesquisa VIVA Inquérito 2017, realizada a cada três anos pelo Ministério da Saúde. Segundo o estudo, a frequência de atendimentos por agressão com suspeita de uso de bebida alcoólica pelo agressor (no total de atendimentos por agressão) em relação ao total de agressões registradas nos hospitais chega a 67,6%, a maior dentre as capitais brasileiras.

Em relação às mulheres que deram entrada hospital em João Pessoa, vítimas de agressões de alguém suspeita de usar bebida alcoólica, o percentual cai para 39,1%, com 10,25 ep. A pesquisa, entretanto, pondera que a estimativa deve ser utilizada com cautela, dada sua baixa precisão (número de casos menor que 30). A média é de 56,1%, com 5,86 ep.

No conjunto das 24 cidades, a frequência de atendimentos por agressão com suspeita de uso de bebida alcoólica pelo agressor (no total de atendimentos por agressão) foi de 46,3%, sendo maior no sexo masculino (47,7%) do que no feminino (43,3%). Esses atendimentos foram mais frequentes entre aqueles com idade de 40 a 59 anos (56,3%). Em relação à raça/cor de pele, a maior frequência foi observada entre os indivíduos amarelos (53,1%), e a menor, entre os brancos (43,1%). Observou-se maior frequência desses atendimentos entre os indivíduos que cursaram o 2º ciclo do Ensino Fundamental (50,3%). Os homens apresentaram frequência duas vezes superior às mulheres na faixa etária de 60 e mais anos (59,8% e 27,4% respectivamente) (tabela 36).

A VIVA Inquérito 2017 é realizado em unidades específicas que participam do levantamento, que tem como objetivo subsidiar políticas públicas com dados fidedignos, prevenir a ocorrência de casos, garantir cuidado em saúde e encaminhamento das vítimas para rede de atenção à saúde de todo o país.