Volumes de açudes Coremas e Mãe D’Água ultrapassam 50% da capacidade total

Maiores mananciais da PB são responsáveis pelo abastecimento de parte dos municípios do Sertão.

Foto: José Albertino
Volumes de açudes Coremas e Mãe D'Água ultrapassam 50% da capacidade total
Foto: José Albertino/Acervo Pessoal

O período de pandemia vivido pelos paraibanos, em especial o povo sertanejo, tem sido de esperança por dias melhores e com um bem essencial para a vida humana: água. Assim como os números de pessoas infectadas crescem, por outro lado, o volume dos açudes Coremas e Mãe D’Água, no Sertão, seguem uma ascensão importante. Um levantamento feito pelo JORNAL DA PARAÍBA mostra que os mananciais já ultrapassaram o índice de 50% do seu volume total.

De acordo com dados do sistema de monitoramento Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa), Coremas alcançou 53,60% e Mãe D’Água, 51,13%.

Volumes de açudes Coremas e Mãe D'Água ultrapassam 50% da capacidade total
Níveis do açude Coremas, desde 30 de abril de 2017 até 30 de abril de 2020. Foto: Reprodução/Aesa

Pode parecer pouco, mas para quem há três anos viveu com percentuais que não chegavam a 10%, o cenário é comemorado pelos moradores do Sertão da Paraíba. Os mananciais não atingem 100% há quase uma década.

Em 30 de abril de 2017, Coremas estava com 8,82% da sua capacidade total. A situação de Mãe D’Água era ainda pior, com 5,52%. Com estes números, os mananciais chegaram ‘à lama’ e parte deles se transformou em verdadeiros ‘cemitérios de canoas’.

Volumes de açudes Coremas e Mãe D'Água ultrapassam 50% da capacidade total
Níveis do açude Mãe D’Água, desde 30 de abril de 2017 até 30 de abril de 2020. Foto: Reprodução/Aesa

Coremas tem 744 milhões de metros cúbicos, enquanto Mãe D’Água tem 545 milhões. Juntos, os açudes são responsáveis pelo abastecimento de parte dos municípios do Sertão da Paraíba e até cidades do Rio Grande do Norte. Uma parte da água é canalizada pela Adutora Coremas-Sabugi, que vai desde a cidade de Coremas até São José do Sabugi, na região de Santa Luzia.

As chuvas que caem no Sertão desde o mês de março, já proporcionaram a outros reservatórios importantes como Farinha e Jatobá, em Patos, momentos de felicidade para a população – com a sangria – e garantia de água nas torneiras por algum tempo.