Romero diz que não vai 'estadualizar' eleições, mas união entre João e Progressista pode influir sobre o vice em CG

Apoio do Cidadania ao Progressista em João Pessoa deverá repercutir nas eleições de 2022. Nome do candidato a vice na chapa governista, em Campina, ainda será definido

Romero diz que não vai 'estadualizar' eleições, mas união entre João e Progressista pode influir sobre o vice em CG
Foto: Ascom

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), foi cauteloso ao comentar o anúncio de apoio do governador João Azevêdo (Cidadania) à candidatura do ex-senador Cícero Lucena (Progressista), em João Pessoa. Ele disse que não vai “estadualizar as eleições” municipais deste ano.
O discurso, contudo, é difícil de ser colocado em prática. É que o movimento das duas legendas (Cidadania e Progressista), na Capital, dificilmente não terá reflexos na decisão que o grupo precisa tomar ao escolher o candidato a vice-prefeito para a chapa do ex-deputado Bruno Cunha Lima (PSD).
Ao declarar apoio ao projeto do Progressista este ano, João certamente vai querer reciprocidade nas eleições de 2022, quando poderá concorrer à reeleição ao Palácio da Redenção. Em um outro cenário, uma vitória do Progressista em João Pessoa fortaleceria uma eventual candidatura da senadora Daniella Ribeiro ao Governo do Estado.
Nos dois casos, a ‘aliança’ entre os partidos complicaria o projeto do PSD paraibano que tem, em Romero, um potencial candidato em 2022.
Os participantes da live que formalizou a aliança, inclusive, foram quase uníssonos em dizer que a junção entre Cidadania e Progressista deverá ter efeitos em outras cidades e, também, para outros pleitos.
E, agora, caberá ao PSD avaliar isso. Não há como escolher o candidato a vice sem levar em consideração a aliança anunciada hoje. A escolha já foi, pelo próprio contexto, estadualizada.