Decreto do Governo, publicado 'às vésperas' das festas natalinas, aprofunda crise em restaurantes e bares da Paraíba

Governo demorou para adotar medida e entidades falam em “desespero” por conta das restrições

Decreto do Governo, publicado 'às vésperas' das festas natalinas, aprofunda crise em restaurantes e bares da Paraíba
Foto: Arquivo Jornal da Paraíba

A decisão do Governo do Estado de publicar um decreto restringindo o funcionamento de bares, restaurantes e estabelecimentos similares aprofunda, ainda mais, a crise enfrentada pelo setor durante a pandemia. As restrições demoraram a ser anunciadas e, a quatro dias do natal, dificultarão ainda mais a vida de quem tem nos estabelecimentos a única fonte de sobrevivência.
É que a essa altura muitos hotéis, restaurantes e bares já investiram pesado na aquisição de mercadorias, equipamentos e na divulgação de programações para as festividades de natal e réveillon. A medida deveria ter sido tomada, no mínimo, com a antecedência necessária à minimização desses danos.
A reação do setor à medida demonstra o nível de descontentamento e preocupação das entidades paraibanas diante da iminência de terem os prejuízos potencializados.
O sentimento é de “desespero e desilusão”, conforme os sindicatos das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa e também de Campina Grande. E não poderia ser diferente. O setor sonhava com o momento para voltar a respirar diante da crise.
Pelo decreto os estabelecimentos só poderão ter clientes consumindo internamente até às 15h dos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro. Depois disso, apenas os serviços de delivery e de entrega nos balcões serão permitidos.
A justificativa do Governo é de que o funcionamento – por completo – dos estabelecimentos geraria aglomerações e ampliaria os riscos de transmissão da covid-19.
O difícil é explicar isso a quem investiu durante os últimos meses aguardando a chegada desse momento e, agora, às vésperas, é informado de que terá de fechar as portas. O decreto, publicado tardiamente, aprofundará os prejuízos. E muito.