Prefeitura chegou a propor queima de fogos 'surpresa' no réveillon de Campina, mas não faria sentido algum

Diante da posição dos MPs, prefeitura decidiu cancelar show pirotécnico

Prefeitura chegou a propor queima de fogos 'surpresa' no réveillon de Campina, mas não faria sentido algum
Foto: Arquivo Jornal da Paraíba

Ontem à tarde o prefeito Romero Rodrigues (PSD) decidiu cancelar a tradicional queima de fogos do réveillon de Campina Grande. Mas antes disso, a prefeitura propôs um modelo diferente de show pirotécnico para a virada do ano. Uma espécie de queima de fogos ‘surpresa’ e descentralizada.
Em um ofício, enviado ontem pela manhã pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico ao MP, a prefeitura apresentou um plano para transferir a queima de fogos do Açude Velho para quatro locais da cidade: nos bairros da Dinamérica, Estação Velha, Alto Branco e Aluízio Campos.
A proposta aparentemente seria interessante, porque diminuiria os riscos de aglomeração durante a pandemia.
Mas um detalhe tornaria a iniciativa sem sentido: a queima de fogos, descentralizada, não seria informada antecipadamente à população, para evitar aglomerações.
Diante da proposta o MP manteve a recomendação pelo cancelamento e, sinceramente, fez a melhor escolha.
Não faria sentido algum que o show pirotécnico fosse realizado sem espectadores. Não haveria razão nisso. O som e o brilho dos fogos iriam despertar a atenção de alguns moradores, certamente, quando começassem a ser executados. Mas seriam poucos. Para a maior parte da população, destinatária do investimento público a ser feito, não haveria brilho algum.
No fim da tarde, como já disse, a proposta foi totalmente descartada pela prefeitura e Campina terá, por conta da pandemia e de seus riscos, um réveillon oficialmente sem fogos.
 
Prefeitura chegou a propor queima de fogos 'surpresa' no réveillon de Campina, mas não faria sentido algum
Foto: reprodução