Congresso adia votação do Auxílio Emergencial, mas acelera 'PEC da Impunidade'

Proposta que criaria novo Auxílio foi adiada para março. ‘PEC da Impunidade’ deverá ser votada rapidamente

Congresso adia votação do Auxílio Emergencial, mas acelera 'PEC da Impunidade'
Foto: Joédson Alves / EFE

De ontem para hoje, o encaminhamento dado a duas propostas em tramitação no Senado e na Câmara Federal mostra, muito claramente, quais as prioridades escolhidas por boa parte do Congresso Nacional na pandemia. Os senadores decidiram ontem adiar a votação da ‘PEC Emergencial’, que criaria as condições para o pagamento de um novo Auxílio Emergencial a pessoas carentes.
Já na Câmara, deputados agilizam rapidamente a votação de um projeto que ficou conhecido como ‘PEC da Impunidade”, que dificulta a prisão de deputados e senadores e deve aumentar, ainda mais, o sentimento de impunidade entre os brasileiros.
A PEC da Impunidade deverá ser votada já hoje, enquanto a proposta que possibilitaria a criação de um novo Auxílio Emergencial ficará para o próximo mês.
Um absurdo, institucionalizado, que aprofundará e prolongará a crise e as dificuldades de milhões de brasileiros desempregados ou que, nesse instante, dependem do dinheiro ‘extra’ do Auxílio para garantir a sobrevivência.
No caso da ‘PEC da Impunidade’, deputados tentam barrar os efeitos de investigações que, vez por outra, têm colocado alguns deles atrás das grades – sob o falso argumento de que é preciso preservar a “imunidade parlamentar”.
Veja o que deve mudar com a PEC da Impunidade
Enquanto o país atinge os níveis mais dramáticos de contágio e mortes da pandemia, o Congresso dá uma demonstração clara de indiferença com as demandas e anseios populares. Esquece a realidade das ruas, mas não deixa de lembrar dos interesses individuais de cada um de seus membros.