PMCG 'escorregou no tempo' ao apresentar recurso contra fechamento de academias

Decisão do TJPB manteve academias fechadas em Campina Grande

PMCG 'escorregou no tempo' ao apresentar recurso contra fechamento de academias
Foto: Ascom

Para alguns, causou estranheza a decisão de ontem do desembargador e presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Saulo Benevides, que manteve a decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública que determinou o fechamento de academias e o alinhamento, do município de Campina Grande, ao decreto estadual.
Porém, para quem acompanhou a ‘peleja’ nos últimos dias e entende minimamente do ‘xadrez processual’, não há motivo para surpresas.

A máxima de que a cabeça de cada juiz (e desembargador também) é um universo serve para explicar o que aconteceu; assim como o jargão de que “Direito é Prazo e Prova”.

Pois bem.
A verdade é que o município ‘escorregou no tempo’ na hora de recorrer da decisão de 1º Grau. Deveria ter feito no domingo, quando havia no plantão do TJPB o desembargador Joás de Brito. Naquele dia ele atendeu um pedido semelhante do município de João Pessoa. Se um outro pleito parecido tivesse chegado à sua mesa, muito provavelmente o entendimento seria o mesmo.
A decisão de Joás foi publicada às 18h36 – tempo suficiente para que outros municípios, em situação semelhante, pudessem fazer o mesmo feito por João Pessoa.
O recurso de Campina Grande, contudo, só foi apresentado ontem, dia 8, caindo na mesa do desembargador Saulo Benevides.

Com entendimento diferente do de Joás, o magistrado indeferiu o pedido e ainda apontou falta de informações importantes na peça.

Em resumo: faltaram dados (prova) e agilidade para apresentar, no tempo mais apropriado, o recurso. Um deslize, em um terreno bastante escorregadio.