PT ganha peso com time de Ricardo, mas arrasta para o quintal os efeitos da Calvário

PT ganha peso com time de Ricardo, mas arrasta para o quintal os efeitos da Calvário
Foto: PT/Divulgação

O propagado retorno do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) ao PT, juntamente com alguns de seus aliados mais próximos, pode ser resumido em duas constatações: o partido na Paraíba ganha peso eleitoral com o ingresso, mas arrasta para o próprio quintal os efeitos negativos provocados pela Operação Calvário.
Isso porque, além de Ricardo, também devem se filiar as deputadas Estela Bezerra e Cida Ramos, além da ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena – também alvos da investigação.
Não à toa muitos filiados da legenda são contrários ao reingresso de Coutinho e do grupo no partido. Esse é um dos motivos, dizem reservadamente.
Eles argumentam que, nesse momento de desgaste, a presença deles no palanque petista seria ruim para o partido – que já carrega, em âmbito nacional, os efeitos da Lava Jato.

É inegável, contudo, que mesmo com todas as batalhas jurídicas que tem pela frente, Coutinho continua sendo um nome forte para qualquer legenda no Estado. Ex-governador em dois mandatos, o nome dele tem sido lembrado para disputar o Senado, em 2022.  

Mas há um outro detalhe. Do ponto de vista do discurso político, há uma diferença entre o andamento dos casos que envolvem o ex-presidente Lula e o ex-governador paraibano.
As condenações de Lula foram anuladas e os processos voltaram à estaca zero. Já no caso da Paraíba, não há condenações, mas as investigações da Calvário estão longe de um término.
As notícias que chegam do Leste sinalizam que mais denúncias e desgaste estão por vir… e o PT, aqui no Estado, terá que levá-los para o palanque.