PT avalia coligações e ameaça sair sem o PMDB nas proporcionais

Apesar de não abrir mão de se coligar ao PMDB na chapa majoritária, Partido dos Trabalhadores avalia vantagens de se aliar a outras legendas nas disputas proporcionais.

Karoline Zilah
Com informações da assessoria

O Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba iniciou nesta terça-feira (8) uma série de debates com seus afiliados para decidir com quais legendas poderá se coligar nas chapas majoritária e proporcional das eleições deste ano. Apesar de reafirmar que não abre mão de se lançar na composição da majoritária com o PMDB, a executiva estuda as desvantagens de repetir a aliança nas disputas proporcionais, para deputados estaduais e federais.

O evento, um café da manhã com a presença de 29 pré-candidatos a deputado estadual e 10 a deputado federal, analisa se o PMDB iria sair em vantagem na hora de ocupar uma maior parcela de cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Como presidente estadual do PT, Rodrigo Soares disse que vai seguir o que o partido decidir. Porém, como candidato a deputado federal, ele comentou não achar estrategicamente interessante se filiar ao PMDB nas proporcionais.

Os debates ainda vão acontecer durante duas semanas, até o anúncio oficial da posição dos petistas em um encontro estadual do PT no dia 19 de junho. Na quarta-feira (9), a discussão terá mais uma etapa quando representantes da legenda se reunirão com o PCdoB para analisar uma possível coligação.

As duas alas do PT que seguem tendências de alianças diferentes estavam representadas no café da manhã. Entre os dissidentes, estiveram Júlio Rafael, recém-licenciado do Sebrae para entrar na disputa à Câmara, e um assessor do deputado federal Luiz Couto. Dos aliados a Maranhão, além do presidente Rodrigo Soares, compareceram às discussões o deputado estadual Jeová Campos, o ex-deputado Frei Anastácio, a secretária de Estado Giucélia Figueiredo e o vice-governador Luciano Cartaxo.