Barbosa: denúncia de desorganização do orçamento foi comprovada

Instalação do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande também foi discutido, ele teme a simples transferência de pessoal do Regional para o Trauma, e defende que o pessoal tem que ser treinado.

Da Redação

Durante entrevista ao programa “Paraíba Agora” da rádio 101 FM nesta quinta-feira (2) o deputado estadual Ricardo Barbosa (PSB) disse que a aprovação dos R$ 495 milhões em crédito suplementar para pagamento da folha de pessoal do Estado foi a prova de que as denúncias feitas por ele eram verdadeiras.

A aprovação do crédito aconteceu durante a sessão da última terça-feira. O remanejamento de pelo menos outros R$ 150 milhões já havia sido feitos através de decreto do executivo e publicados no Diário Oficial, esses sem a necessidade de de apreciação da Assembleia.

Em sessões anteriores às eleições, Ricardo Barbosa havia denunciado descontrole no orçamento do Estado e garantira que o governo não teria condições de pagar os servidores. O deputado alegou ter documentos que provavam a denúncia e para ele “tudo que eu disse se confirmou. Na prática, o governo não tinha dinheiro para pagamento de novembro, dezembro e do décimo, porque 495 milhões equivale a isso”, completou.

Barbosa se disse preocupado com o fato das ações suplementares terem sido votadas sem discussão. Falou que é a favor do pagamento dos salários, mas que é necessário saber “de onde o Estado retirou esse dinheiro, quantas obras deixaram de ser feitas e pagamentos realizados”.

Outro tema discutido foi a instalação do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Ele parabenizou o atual governador pela obra, mas explicou que o hospital regional não pode ser desativado em funçaõ da inauguração do outro, para ele “a alta demanda do Trauma de Campina pode inviabilizar o atendimento de casos realemente graves e de emergência”.

Sobre a inauguração do prédio, ele disse que José Maranhão pode fazer a solenidade de inaugração, “mas é importante que Ricardo assuma o planejamento do hospital e que ele não comece a operar agora. Algumas partes do hospital ainda não estão prontas e os técnicos não foram completamente treinadas para manusear alguns dos equipamentos, fazer isso é um crime contra população”. Ele teme a simples transferência de pessoal do Regional para o Trauma, e defende que o pessoal tem que ser treinado.