Oposição acusa secretário de sonegar informações na sabatina

Bancada oposicionista da AL classifica sessão como insatisfatória e propõe formação de comissão suprapartidária para acompanhar o processo de demissão e admissão do Governo.

Jhonathan Oliveira

A bancada de oposição da Assembleia Legislativa avaliou a sessão especial que discutiu a demissão dos servidores temporários do Estado como insatisfatória. Segundo os representantes do bloco, o secretário de Administração, Gilberto Carneiro, sonegou informações. Os parlamentares também sugeriram que fosse criada uma comissão suprapartidária para acompanhar o processo de demissão e de admissão de temporários. A sessão teve início no final da manhã e se estendeu pela tarde.

O deputado Raniery Paulino (PMDB) disse que o secretário Gilberto Carneiro não trouxe números precisos. "Em nenhum momento ele respondeu à pergunta sobre quantos funcionários deixaram de responder em janeiro", disse. Raniery também sugeriu ao governo que aceitasse que uma comissão suprapartidária acompanhasse o processo de recontratação dos servidores. Ele ressaltou que já apresentou um requerimento na Assembleia oficializando a proposta.

Oposição acusa secretário de sonegar informações na sabatina

"Nós estamos com esse encaminhamento para que uma comissão formada pelos deputados possam acompanhar em detalhes essa demissão", afirmou o deputado Luciano Cartaxo (PT), um dos autores da convocação para sessão.

Cartaxo também acusou o secretário de mentir sobre os critérios que foram adotados para a exoneração dos servidores. O deputado disse que, ao contrário do que vem sendo afirmado, alguns funcionários com mais de 20 anos de serviço tiveram que deixar os cargos.

Raniery acrescentou que a oposição pode ir à Justiça para reaver os direitos dos que teriam sido demitidos de forma injusta. "Se nós tivessemos os números reais, essa ação seria mais fácil, mas o governo faz questão de esconder esses dados", disse. Ele ainda referendou que vem recebendo diversas denúncias nesse sentido. "A medida que nós formos procurados, iremos acolher esses funcionários", completou.