Oposições na AL e na Câmara defendem reabertura do caso do feijão

Denúncia da Veja foi um dos assuntos mais comentados na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal nesta terça-feira (16). Opositores querem que caso volte a ser analisado.
 

Jhonathan Oliveira

A denúncia trazida pela revista Veja, na edição desta semana, que acusa o governador Ricardo Coutinho (PSB) de jogar oito toneladas de feijão no lixo quando concorria a reeleição à Prefeitura de João Pessoa foi um dos assuntos mais discutidos nesta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa e também na Câmara Municipal da Capital. As oposições das duas Casas estão defendendo que o caso volte a ser apurado pela Justiça.

O deputado Aníbal Marcolino (PSL), que na época era vereador e foi um dos responsáveis pela denúncia da suposta irregularidade, disse que tem um documento que comprova que o feijão descartado pela Prefeitura de João Pessoa estaria próprio para o consumo. O parlamentar disse que pretende encaminhar esse laudo à Justiça para que o suposto crime eleitoral.

"Contra documentos e fatos não há argumentos e eu tenho esses documentos e vou encaminhar os mesmos ao Ministério Público Eleitoral", disse Aníbal Marcolino. "Eu vou buscar todas as providências que eu achar necessário", completou.

Um postura parecida foi defendida pelo líder da oposição na Câmara Municipal, Fernando Milanez (PSDB). Segundo ele, o caso tem que ser reaberto porque o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, garantiu que o feijão foi repassado à Prefeitura em boas condições. “A palavra que vale mais agora é a do ministro”, disse.

O líder do bloco governista, Hervázio Bezerra (PSDB) disse que a denúncia da Veja não trazia nenhum fato novo. Na visão dele, a reportagem da revista tem o objetivo de prejudicar a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) e por consequência acabou atingindo o governador.

“Não vejo nenhum fato novo, agora se alguém vê e sente prejudicado que procure à Justiça”, afirmou Hervázio Bezerra.