Professores exigem pagamento do piso

Já os professores (Grupo Ocupacional Magistério), além dos 3% do reajuste linear, terão seu vencimento reajustado em mais 7%, devendo o servidor público ocupante do cargo na Classe A, Nível I, perceber como vencimento o valor de R$ 1.038,00.

Todavia, para o presidente da Associação dos Professores em Licenciatura Plena da Paraíba (APLP), professor Francisco Fernandes, mesmo o salário inicial (Classe A, Nível I) começando nesse patamar, não vai chegar ao piso salarial nacional, cujo reajuste deve ser anunciado pelo Ministério da Educação no início de fevereiro, na ordem de 22% para 40 horas.

“Não estamos discutindo aumento ideal, estamos discutindo o valor legal, que é o piso”, disse o presidente da APLP, Francisco Fernandes. “A categoria está em ebulição. O governo do Estado já devia se antecipar ao governo federal porque esse vai ser um problema sério para o ano letivo, que tem início no dia 13 de fevereiro. A gente vai ter que mobilizar a categoria, procurar a Justiça. O Estado não pode ficar na contramão da lei”, completou.

Fernandes comentou que o prefeito Luciano Agra (PSB), por exemplo, está dando à categoria do município um piso proporcional maior do que aquele que vai ser anunciado pelo governo federal, de 22%. Da forma como o governo do Estado está fazendo, segundo o professor, em fevereiro o governador terá que atualizar novamente o piso. Hoje, o piso nacional está em R$ 1.187,00. Ele é normatizado pela lei 11.738, 16 de julho de 2008.

Além disso, o presidente da APLP apontou a falta de diálogo do governo com as categorias dos servidores. “O que a gente lamenta é que tudo isso ocorra de uma maneira imposta, de cima para baixo. Não trabalhamos esse valor de índice, não houve discussão”, desabafou.