Insatisfação da base é por obras, diz Hervázio

Falta de obras e ações em municípios que integram a base aliada, vem gerando insatisfações.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hervázio Bezerra (PSDB), responsável pelas articulações na bancada, revelou os motivos das insatisfações dos deputados que integram a base de apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB): obras e ações do governo em suas bases eleitorais e cargos, benefícios esses requeridos, inclusive, com vistas a fortalecer postulações a prefeitos.

“Existe a cobrança de prefeitos que tentam a reeleição ou de lideranças de algumas cidades que querem e exigem do deputado a todo custo o asfalto de estradas, a construção de pontes, de ginásios poliesportivos, uma gama de reivindicações, e os deputados levam ao governo. Mas muito embora o governador tenha o maior interesse em atender a todos, lamentavelmente é humanamente impossível, porque os recursos são parcos, e isso não é uma particularidade da Paraíba”, declarou Hervázio.

De acordo com o líder tucano, as insatisfações da base também não são uma particularidade do governo de Ricardo Coutinho.

“Desconheço em qual governo não havia focos de resistência e insatisfação”, disse, citando que os motivos das insatisfações vão desde a alocação de recursos e obras para os municípios de atuação dos deputados, até a substituição de determinados cargos estratégicos e importantes para os deputados em suas bases eleitorais. “Cada governante tem o seu perfil, e o governador Ricardo tem o seu estilo de governar e tratar os deputados. Então, alguns têm que se acostumar a essa forma de agir até porque muitos até já conhecem o estilo do governador Ricardo Coutinho”, comentou.

O governo do Estado está mobilizando os deputados para votarem hoje as Medidas Provisórias 183, 184 e 185, na Assembleia Legislativa da Paraíba. O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado André Gadelha (PMDB), descartou, ontem, a possibilidade de uma nova obstrução da votação. André disse que a orientação da bancada oposicionista será votar as matérias em plenário, apostando na derrota do governo.